Homem perdeu a vida na Praia de Quiaios

Um homem de 47 anos morreu hoje após um acidente aquático na praia de Quiaios, no norte do concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, disseram fontes hospitalares e da autoridade marítima.

Fonte oficial do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF), disse à agência Lusa que a vítima, de 47 anos, “chegou ao hospital já cadáver”, depois de ter sido assistida na praia e transportada para a unidade hospitalar por uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV).

As circunstâncias e as causas da morte estão ainda por apurar, adiantou a fonte do HDFF.

Já o comandante do Porto da Figueira da Foz revelou que o homem, que estaria de férias na praia de Quiaios com a família, “foi detetado dentro de água, retirado, assistido e transportado ao hospital”.

“Para ir para o hospital é porque estava vivo. Senão, ficava ali e depois o óbito era declarado na praia, através do delegado de saúde. Mas podia ter sinais de vida fortes ou fracos, tecnicamente não tenho conhecimentos para responder”, acrescentou o comandante do Porto.

João Lourenço disse ainda que, atualmente, a praia de Quiaios – que possuía Bandeira Azul – “encontra-se sem nadadores-salvadores”, possuindo avisos, à entrada, de praia não vigiada.

Segundo o comandante do Porto, o mar “não estava muito mau” na altura do acidente: “Mas pode haver alguma onda ou algum fundão, mas não tenho informação que possa explicar o que se passou”, sublinhou João Lourenço.

Ouvido pela Lusa, o presidente da autarquia da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, confirmou que a praia de Quiaios não possui nadadores-salvadores e a praia tem indicação de não vigiada.

“Não conseguimos ter nadadores-salvadores nesta altura, neste período estão a preparar-se para o arranque do ano letivo”, afirmou Carlos Monteiro, acrescentando que a situação “foi comunicada quer à APA [Agência Portuguesa do Ambiente], quer ao comandante do Porto”.

“Os nadadores que temos, se não me engano, estão na zona de Buarcos, Figueira e Cabedelo, que são das mais frequentadas. Já ando a dizer isto há quatro ou cinco anos, os nadadores-salvadores não podem ser jovens, tem de haver equipas profissionais, porque nesta altura estão para ir estudar, estão a preparar as malas para ir embora, não trabalham nesta altura”, enfatizou.

“Normalmente a 31 de agosto não estão disponíveis para trabalhar mais. Há alguns que estão e nós centralizamo-los nas praias que, normalmente, têm mais gente”, explicou o autarca.

O alerta foi dado às 11:46 e no local estiveram, para além da ambulância SIV, meios dos bombeiros voluntários da Figueira da Foz, uma viatura e uma embarcação adstritas ao Instituto de Socorros a Náufragos e a Polícia Marítima.

Lusa