16.11.2022 –
A 19 de novembro, o grupo de teatro Projeto Estúdio vai voltar a fazer de uma livraria da cidade de Coimbra um palco. Será na Faz de Conto, que receberá o espetáculo-oficina “Queres que te conte o conto da caixinha vermelha?”, a partir das 11H00, com entrada livre.
Esta é a segunda estação do ciclo ‘Primaverar’, em que aquele coletivo da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) busca inspiração na literatura para criar espetáculos que são apresentados nas livrarias que acolhem os livros que os influenciaram. A primeira destas apresentações decorreu na Almedina Estádio Cidade de Coimbra, em junho deste ano.
Desta vez, o mote será o livro “O último contador de histórias”, de Isabel Peixeiro, o que permitirá levar o público numa viagem a um tempo em que todos os dias acabavam com uma história. Assim, os elementos do Projeto Estúdio conduzirão cada um à descoberta das suas próprias histórias, num espetáculo em que serão convidados a participar e a usar a imaginação.
Tudo isto decorre no âmbito do projeto ‘FLORescente’, que pretende afirmar a primavera como uma transformação que perpassa a natureza e nos renova internamente, aconteça quando acontecer. Partindo do verbo ‘primaverar’, inventado por Tolentino de Mendonça no livro “Que coisas são as nuvens”, aprofunda a relação do Projeto Estúdio com a literatura, bem como com a escrita e a leitura, promove o contacto com a comunidade e envolve todos os elementos na construção do objeto artístico.
O Projeto Estúdio, que é coordenado pela atriz e professora de teatro Adriana Campos, é um dos dois grupos teatrais da APCC. Já criou “Cem linhas – notas para viajar dentro de um espetáculo” (espetáculo e livro influenciados pelo livro “Eu espero”, de Davide Cali) e abriu na Baixa de Coimbra e em várias escolas a Loja de Vender Poetas (inspirada no livro de Afonso Cruz “Vamos comprar um poeta”) e a Loja de Vender FI (o elixir que faz falta na nossa vida).
O teatro é uma das várias áreas artísticas que constituem uma parte importante da ação da APCC enquanto promotora da inclusão social. É desenvolvido tanto através de dinâmicas no campo da expressão dramática, como de apresentações ao público, dentro e fora das instalações da instituição, que conta atualmente com dois grupos teatrais ativos.