Grávida desaparecida: vestígios de sangue não pertencem a Mónica Silva

28.12.2023 –

O ex-namorado da vítima e suspeito de homicídio, apesar de ter sido detido, já foi colocado em regime de prisão domiciliária.

Os vestígios de sangue recolhidos pela Polícia Judiciária não são afinal da grávida desaparecida há quase três meses, em Aveiro. A investigação continua concentrada na recolha de dados das comunicações. Entretanto, o ex-namorado da vítima e suspeito de homicídio, foi colocado em regime de prisão domiciliária.

O diretor da Polícia Judiciária desvalorizou a transferência do suspeito da prisão para casa, onde se encontra sob vigilância de meios eletrónicos, esclarecendo que a medida já tinha sido decidida quando este foi presente a juiz.

Fernando Valente continua a ser o único suspeito do alegado homicídio de Mónica Silva.

O corpo da mulher grávida está por descobrir e sabe-se agora que não eram seus alguns vestígios biológicos recolhidos durante as perícias.

Neste caso, o exame do ADN não será relevante no conjunto das provas, mas a PJ ainda está à espera de resultados de outras perícias.

Por agora, o caso mantém-se um mistério.

A recolha de dados dos telemóveis e dos computadores do suspeito e da vítima continua a ser feita pelos investigadores, que segundo o Correio da Manhã, desconfiam que Fernando Valente se fez passar pela vítima criando uma mensagem no Facebook para baralhar a investigação.

A mensagem foi enviada a um indivíduo a quem Mónica devia dinheiro pedindo-lhe que não a ameaçasse mais. A polícia está também a seguir o rasto de um segundo telemóvel usado pelo suspeito e já descobriu que Fernando Valente fez pesquisas na internet para saber como se apagam registos de comunicações.

Mónica Silva, de 33 anos, grávida de sete meses, saiu de casa, na Murtosa, na noite de 3 de Outubro. A família acredita que ia encontrar-se com o suposto pai do bebé. Está desaparecida desde então.

O caso teve desenvolvimentos quase um mês e meio depois, quando as autoridades fizeram buscas em várias propriedades da família do homem com quem Mónica teria uma relação.

A investigação da Polícia Judiciária levou à detenção de Fernando Valente, de 38 anos. Foi ouvido no tribunal do Aveiro na semana passada e ficou em prisão preventiva, suspeito dos crimes de homicídio qualificado consumado, aborto agravado e profanação ocultação de cadáver.

SIC Notícias