Frio como o tempo

Duas equipas com ambições distintas, mas com duas coisas em comum: um futebol de baixa qualidade e muita vontade de fazer melhor!

Ala-Arriba e Cova Gala proporcionaram um espetáculo que não deixará saudades cerrtamente, embora, é preciso dizê-lo, muito mais por culpa da equipa forasteira que está em quarto lugar do que pela equipa mirense, que se encontra na 10ª e última posição.

Após um início bastante dividido, até foram os azuis mirenses – que hoje equiparam de branco – que se adiantaram no marcador, através de Pedro Ferreira, na sequência de uma bola parada.

O resultado a favor do Ala-Arriba durou menos de dez minutos, muito por culpa de Carlos Abreu, o assitente que se encontrava no lado dos bancos, que acabou por não ver e, assim, validar um golo marcado por Zé Pedro em claríssimo fora de jogo! Não assinalar o fora de jogo foi o principal erro da arbitragem mas, de tão grave e inexplicável, acabou por influenciar diretamente no resultado do encontro. Como se não bastassem todas as vicissitudes pelas quais o plantel, a equipa técnica e os jogadores têm passado desde o início, momentos como este derrubam ainda mais a fraca moral de todos os que estão envolvidos na defesa do bom nome desse histórico clube do Distrito.

O intervalo fez mal ao Ala-Arriba

Depois do empate registado na primeira parte, foi com naturalidade que se viu o Cova Gala voltar com mais ambição dos balneários. Tocando com rapidez a bola e pressionando alto, foram precisos apenas dois minutos para o placar ser alterado novamente, através do golo de Lemos, através de um remate cruzado na entrada da área.

Daí para a frente, o jogo voltou ao marasmo da primeira parte, com a única diferença dos visitantes perderem golos atrás de golos, em rápidos contra-ataques, o que deixou no ar a incerteza no resultado final tendo, inclusive, a equipa da casa, desperdiçado uma ou duas oportunidades soberanas para conquistar um ponto… o que não aconteceu.

Fica, porém, a certeza de que o mister Joaquim Gonçalves tem um pequeno – muito pequeno – grupo de jogadores que dão a cara pelo símbolo que ostentam, mesmo não conseguindo conquistar os pontos que almejam. Esse é o preço de ter um plantel tão curto.

Sobre a arbitragem, já foi tudo dito: Carlos Abreu estragou totalmente um trabalho que até foi razoável, dos seus dois colegas. Nota bastante negativa num encontro que foi tão fácil de arbitrar, que não foram necessários cartões a quaisquer jogadores em campo. A arbitragem conimbricense é especialista em… complicar bastante o que é muito fácil!

ALA-ARRIBA:

CORADO, RÚBEN, DAVID NATÁRIO (C), LUÍS NATÁRIO, ZAMBARNO, PEDRO FERREIRA, BERNARDO, RÚBEN PIRES, SIMÃO, ANDERSON, RUBINHO

TREINADOR: JOAQUIM GONÇALVES

JOGOU, AINDA: ANDRÉ

COVA GALA:

NELSON, RÚBEN, RODRIGO, SOQUEIRO, TUCA (C), TIAGO, JOÃO PEREIRA, ZÉ PEDRO, JOÃO, JOÃO DANIEL, LEMOS

TREINADOR: JOÃO CAMARÃO.

JOGARAM, AINDA: GONÇALO, LEANDRO, CAMARÃO, VITÓ, IVAN

ARBITRAGEM:

PINTO NUNES, CARLOS ABREU, ANDRÉ OLIVEIRA

DESTAQUES:

  • ZAMBRANOum verdadeiro tecnicista
  • LEMOS, o espalha-brasas da equipa fa Figueira da Foz

MARCHA DO MARCADOR:

  • 1X0 – PEDRO FERREIRA (21 MIN)
  • 1X1 – ZÉ PEDRO (29 MIN)
  • 1X2 – LEMOS (47 MIN)

Jornal Mira Online

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