O Município da Figueira da Foz e Associação de Coletividades associaram-se para comemorar o Dia Nacional das Coletividades 2018, esta quarta feira, dia 30 de maio, ao final da tarde na Assembleia Figueirense. O lançamento de duas obras sobre o Associativismo na Figueira da Foz – o 50.º volume da coleção Cadernos Municipais, com a “Caracterização do Associativismo – Figueira da Foz” realizada pelo mestre José Bernardo Ferreira Gomes, técnico superior da Divisão de Turismo e investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século 20 da Universidade de Coimbra; e o livro “Património Associativo” – O Associativismo e o Desenvolvimento Local e Social – Especificidades do Concelho da Figueira da Foz, dos dirigentes associativos Olga Brás, Gabriela Fonseca e Ricardo Santos – deram o mote a uma reflexão sobre a realidade, o valor e os desafios do associativismo local.
A propósito da obra “Caracterização do Associativismo – Figueira da Foz”, o presidente da Autarquia, João Ataíde, considerou que «o papel do Estado é relativamente ausente» no que toca ao apoio às coletividades, mesmo quando «todos reconhecem a sua importância, nomeadamente na Cultura, na preservação das tradições e na manutenção da matriz identitária do país». Já nas autarquias, afirmou, «o pelouro das Coletividades é sempre muito acarinhado, porque é nas coletividades que está muita da identidade do município e do seu património cultural». A apresentação do Caderno Municipal contou ainda com a presença, da mesa, do vereador com o pelouro das coletividades, Miguel Pereira, que corroborou a tese, considerando que o associativismo é, ainda, «um ato de liberdade». Já o autor do estudo, José Bernardo, desejou que a obra seja entendida como um repto para que surjam mais estudos e, assim, se combatam os preconceitos que ainda impedem o Associativismo de crescer. «São preconceitos que associam as coletividades a amadorismo, a coisas pequenas, desconhecendo muitas vezes as grandes coisas que se fazem naquelas casas, porque não alcançam os palcos mediáticos», considerou.
A apresentação do livro “Património Associativo” – O Associativismo e o Desenvolvimento Local e Social – Especificidades do Concelho da Figueira da Foz, dos dirigentes associativos Olga Brás, Gabriela Fonseca e Ricardo Santos, esteve a cargo de Fernando Lopes (Doutor em Filosofia Antropossociológica), que destacou as muitas provocações contidas nas páginas da obra que dá uma outra perspetiva sobre a realidade associativa no Concelho, e a sua evolução ao longo dos tempos. Para Olga Brás, o livro, para o qual foram realizadas mais de 6000 entrevistas, é um tributo aos dirigentes associativos e ao trabalho a que se entregam.
Já no final da sessão, que fechou com a habitual sessão de autógrafos e um porto de honra, o presidente da Autarquia anunciou que o Município, para além dos apoios previstos no regulamento, vai reforçar as ferramentas do associativismo local com ações de formação que permitam, aos dirigentes associativos, encarar mais preparados e com mais confiança os cada vez mais exigentes requisitos da legislação.