Há poucos dias comemorou-se o Dia Internacional da Mulher e elas foram capa de vários jornais, entrevistadas e mimadas.
Mas, para que servem os dias “disto e daquilo”?
Parece que para esquecermos que durante o resto do ano as coisas não são bem assim. No caso das mulheres, elas são discriminadas a torto e a direito, ganham menos que os homens quando até fazem trabalho igual, são assediadas no trabalho, são vitimas de violência doméstica, etc.
Nos dias da árvore, da água, do ambiente, da paz e de tantas outras coisas, a questão é a mesma. Servem para nos esquecermos que durante o resto do ano essas coisas são esquecidas, são discriminadas, são objecto de crimes. E, só para referir um caso, os atentados e os crimes ambientais sucedem-se um pouco por todo o país. Com grandes empresas e organismos do próprio Estado na linha da frente destes actos criminosos.
Perante isto, volto a perguntar: Para que servem os dias “disto e daquilo”?
Mais importante que estes dias, é estarmos todos os dias na linha da frente para dignificar as mulheres, proteger o ambiente, defender a paz. O combate é duro mas é possível. e, “amanhã” não haverá mais dias “disto e daquilo”.
António Veríssimo