A iniciativa espanhola surge no seguimento de países como a Itália e a Dinamarca também anunciarem a expulsão de diplomatas russos.
O Governo espanhol decidiu esta terça-feira expulsar 25 diplomatas e pessoal da embaixada da Rússia em Espanha, considerando que “representam uma ameaça à segurança” do país e como sinal de rejeição das ações das tropas russas na Ucrânia.
O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros e na qual acrescentou que está a finalizar a lista das pessoas a expulsar, que poderia ter “talvez mais alguns” nomes.
Com esta decisão, a Espanha segue o exemplo de um conjunto de países europeus que consideram a atividade de diplomatas e pessoal das embaixadas da Rússia contrária aos “interesses de segurança” nacionais.
A Dinamarca e a Itália anunciaram esta terça-feira que vão expulsar 15 e 30 diplomatas russos, respetivamente, um dia depois de vários outros países europeus terem tomado a mesma medida. Também a Lituânia anunciou a expulsão do embaixador da Rússia.
Na segunda-feira, a Alemanha declarou 40 diplomatas russos da embaixada de Berlim persona non grata, instando-os a deixar o país, enquanto a França avançou com a decisão de expulsar 35 diplomatas russos “cujas atividades são contrárias aos interesses” do país e representam um regime de “incrível brutalidade”, como ficou “provado pelas imagens de crimes de guerra cometidos na cidade ucraniana de Bucha”.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa