A Espanha registou hoje mais 537 mortes atribuídas à covid-19, um novo máximo diário de óbitos durante a segunda vaga da pandemia, passando o total de mortes para 43.668, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.
As autoridades sanitárias também contabilizaram mais 12.228 novos casos de covid-19, elevando para 1.594.844 o total de infetados no país desde o início da pandemia.
O nível de incidência acumulada (pessoas contagiadas) em Espanha estabilizou hoje nos 362 casos diagnosticados (menos 13 do que no dia anterior) por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, sendo as regiões com os níveis mais elevados a de Castela e Leão (650), País Basco (578) e Astúrias (579).
Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.461 pessoas, das quais 242 na Andaluzia, 232 na Catalunha, 183 em Madrid.
Em todo o país há 16.701 pessoas hospitalizadas com a covid-19, o que corresponde a 13,43% das camas, das quais 2.853 pacientes em unidades de cuidados intensivos, o que corresponde a 29,06% das camas desse serviço, números que estão a decrescer há cerca de duas semana.
O rei de Espanha, Felipe VI, vai estar de quarentena durante dez dias, depois de uma pessoa com quem esteve em contacto no domingo ter dado positiva num deste à covid-19.
O soberano suspendeu todas as atividades oficiais que estavam programadas durante o período em que vai estar isolado “seguindo as regras sanitárias”, enquanto a rainha, a princesa Leonor e a princesa Sofia “podem continuar as suas atividades normais”.
Os residentes e o pessoal sanitário e auxiliar dos lares para a terceira idade vão ser os primeiros a serem vacinados contra a covid-19 em Espanha a partir de janeiro, anunciou hoje o ministro da Saúde espanhol.
O Conselho de Ministros espanhol aprovou hoje o Plano de Vacinação Covid-19, que estabelece que os residentes e o pessoal de saúde dos lares e centros com pessoas dependentes serão os primeiros a serem vacinados quando chegarem as primeiras doses da vacina, a partir de janeiro de 2021, revelou Salvador Illa em conferência de imprensa.
O governo da região de Madrid, a mais afetada em Espanha pela pandemia de covid-19, vai inaugurar em 01 de dezembro o novo “hospital para as pandemias”, um projeto iniciado durante a primeira vaga da doença.
O hospital, que custou cerca de cem milhões de euros, o dobro do previsto inicialmente, tem 80.000 metros quadrados de área, com capacidade para receber mais de 1.000 pacientes, 50 camas na unidade de cuidados intensivos (UCI) em caso de crise sanitária e equipado com “um sistema de alta tecnologia para evitar os contágios”, segundo o governo regional.
O objetivo da nova unidade de saúde é aliviar o resto da rede sanitária de Madrid, cuja saturação durante a primeira vaga da pandemia levou à improvisação de um hospital de campanha num pavilhão da Feira Internacional da cidade.
Lusa