“Enorme disrupção”: sindicato alerta que voos da EasyJet no verão podem estar comprometidos

23.4.2024 –

Foram já vários os voos cancelados só na primeira semana deste mês. O sindicato dos tripulantes avisa que há falta de pessoal e acusa a companhia aérea de “fraca organização”.

Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) alerta a EasyJet que a operação de verão pode estar comprometida, por falta de pessoal. O sindicato nota que, só em abril, já há vários cancelamentos.

Numa comunicação enviada aos associados da EasyJet, a que a SIC teve acesso, o sindicato alerta para uma situação de “enorme disrupção”, se não houver novas contratações ou o alívio do planeamento.

“Temos alertado a companhia para a necessidade de uma distribuição mais equitativa das escalas”, repara o sindicato, precisando que, desde outubro, já foi enviada uma dezena de emails, questionando a companhia aérea sobre como pretendia resolver o problema.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil acusa a empresa de se “esquecer” das “especificidades de cada aeroporto ou país”, aplicando um “plano operacional transversal”.

Não tendo instrumentos que obriguem a companhia a manejar melhor a operação, ou a ter bom senso, o alerta deixado já por várias vezes a nível interno parece não ter resultado”, lamenta, contudo, o sindicato.

A nota deixa claro que a companhia aérea “já enfrenta uma disrupção no início da época de Verão”, com “vários cancelamentos” logo na primeira semana deste mês.

E, por isso, é feito o alerta: a EasyJet terá de aumentar o número de trabalhadores, ou aliviar o planeamento de voos.

Caso não haja novas contratações, promoções a chefes de cabine, ou que os planeamentos sejam aliviados, previmos uma enorme disrupção na época alta de Verão, podendo mesmo a operação estar comprometida”, adverte.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil acusa a EasyJet de “fraca organização”, afirmando que cancelamentos da mesma natureza já tinham acontecido no passado, “em 2019 e 2022”

“Não pode depois vir a empresa referir licenças de maternidade, horários flexíveis, eventos de verão ou até mesmo baixas relativas a doença de trabalhadores, para justificar algo identificado há largos meses”, conclui o sindicato, que pede aos associados que reportem todas as situações preocupantes.

SIC Notícias