6.9.2023 –
Logan sofria de uma mutação genética rara que só podia ser resolvida com um transplante do fígado. Apesar de não conhecer o caso clínico do menino de 20 meses, uma enfermeira norte-americana não hesitou em ajudar salvar-lhe a vida, doando parte do seu fígado.
O caso aconteceu nos Estados Unidos e envolveu um bebé com 20 meses com uma mutação genética grave e uma enfermeira que não o conhecia a doar parte do seu fígado para que Logan pudesse sobreviver.
A intervenção aconteceu no início de junho no Hospital UPMC Montefiore, em Pittsburgh, mas só na passada quarta-feira os pais da criança tiveram a oportunidade de agradecer a Makenzie Beach através de uma videochamada.
Logan foi diagnosticado à nascença com com síndrome de Alagille, um distúrbio genético que afeta o fígado e que pode levar à insuficiência hepática. Desde cedo, médicos e pais iniciaram umaa corrida em busca de um dador que fosse compatível com o bebé.
De acordo com a ABC News, a lista de espera para um transplante de fígado podia ir até aos cinco anos e, por isso, a família de Logan, que não era compatível com o rapaz, optou por um transplante de fígado com dador vivo.
A solução para o problema estava noutro estado norte-americano. Com a procura por um dador compatível ampliada, os pais descobriram que Makenzie Beach, uma enfermeira da Florida era a combinação perfeita. Apesar de não ter qualquer ligação a Logan ou ao seu caso clínico, Makenzie não pensou duas vezes em ajudar, doando parte do seu fígado ao bebé.
O processo não foi fácil. Na data marcada para o transplante, Logan adoeceu e a operação foi travada, só podendo avançar um mês depois. A enfermeira não colocou qualquer obstáculo e manteve o interesse em ajudar a salvar a vida do bebé.
Foi no dia 8 de junho que Logan e Makenzie fizeram o transplante, que foi considerado um sucesso. À ABC News, a mãe de Logan, Rasika Marletto-Salva, disse que já se sentiam os efeitos da intervenção. O bebé, que tinha sintomas como pele e olhos amarelados, começou logo a melhorar.
É incrível a mudança que vimos nele fisicamente, apenas na aparência”, disse a mãe. “Aconteceu em poucos dias com a aparência e isso foi apenas o começo. Depois ele começou a crescer e a parecer uma criança normal novamente”, continuou.
Também a enfermeira ficou bem depois do transplante, tendo voltado ao trabalho semanas depois da intervenção.
SIC Notícias