Quando se fala de Souselas e Botão, facilmente vem à mente, as indústrias da região, e empresas importantes que ali estão situadas, por conta da enorme facilidade de acessos, pelas vias que circundam a União de Freguesias e que são ponto de partida tanto a nível nacional como internacional. Sendo um ponto nevrálgico de vasta região, partir dali ou, passar por ali, rumo ao Porto, Lisboa, Viseu ou, mesmo, toda a Europa, através da A1, do IP3 ou da Estrada Nacional 1 faz parte da rotina de enorme falange de camiões TIR que transportam grande parte da riqueza nacional.

Sabedores desse potencial, o Executivo e a população vão engendrando ideias que atraiam ainda mais empresas para a região. Nomes como Globovac, BSTrucks, MOBIpeople, FozVias, Art Of Speed, Lugrade, Controlauto, Transportes Broliveira, Transportes Pascoal, Transportes Ramos e Silveiro ou Transportes JMDNeves entre outras, são provas de uma enorme dinâmica local de fixação de empresas e geradora de empregos na zona norte de Coimbra… para além daquela que é uma das maiores empresas do país, a Cimpor.

Sim, é verdade que “Souselas, ao longo do tempo foi perdendo algumas indústrias e serviços” mas a terra tem voltado às origens da conquista por uma indústria que se pretende pujante novamente. Por esse motivo, “ainda em Fevereiro teremos aqui a Sodicentro que traz consigo o nome Mercedes e, até ao final do ano, cá teremos a Volvo, também e em breve o Espaço do Cidadão…” afirma o orgulhoso Presidente.

Mais ainda, há a Adega Cooperativa de Souselas, única no concelho de Coimbra, um verdadeiro ex-líbris da região, que transforma o enorme orgulho dos locais, em vinhos que “desafiamos todos a apreciar pelo seu sabor, aroma e qualidade reconhecida em todo o país e que é demonstrada em cada garrafa que se abre!” 

Assim, como poucos se apercebem, Souselas e Botão vão engendrando uma verdadeira revolução local, pois suas empresas existentes vão se apetrechando de novas maquinarias e serviços, vão criando empregos, vão melhorando a qualidade de vida dos seus concidadãos. Longe vão os tempos em que viam-se protestos às portas da grande cimenteira, reclamando por maior qualidade ambiental.

Fruto de um protocolo assinado em 2021 entre a União de Freguesias e a Cimpor, e que deverá ser renovado neste ano de 2024, a Cimpor tem entregue cerca de cem mil euros anuais que são investidos nas localidades que compõem a União de Freguesias. Questionado sobre o motivo pelo qual a empresa terá aceite a proposta feita pelo seu Executivo, Rui Soares aponta para “uma enormíssima responsabilidade social da Cimpor que reconhece que a qualidade ambiental e de vida das populações transcende em muito a mera produção diária e os lucros inerentes a ela, estando sempre abertos ao diálogo desde que tomámos posse em 2013!”.

Jornal Mira Online