Em Mira, o sismo também foi sentido

26.8.2024 –

Apesar de ter acontecido a oeste de Sines, no litoral alentejano Continental, o abalo desta madrugada – que já teve algumas réplicas pequenas – acabou por ser sentido pelo menos, também, na Costa Central . Conheça alguns relatos na primeira pessoa.

Maria do Céu Viegas, residente na Praia de Mira deu conta de que começou “Por sentir, talvez um minuto antes, os cães dos vizinhos a ladrar. Estranhei porque era mais que o habitual cão que procede dessa maneira com regularidade…”. “Entretanto a minha gata estava na minha cama e saltou várias vezes e fugiu”, contou. “Aí, vi que tinha um alerta às 05:11 horas, exatamente um minuto antes de olhar para o relógio do telemóvel. O barulho foi de tal forma incomodativo que nem percebi que o telemóvel tinha vibrado com a mensagem”

Eurico Martins, que vive na Vila de Mira, deu conta à reportagem de que, por estar a dormir naquele momento, “não associei, na altura, visto não ter despertado completamente, que pudesse ser um tremor de terra”. “Tive a sensação de existir um barulho de arrastar da cama e, de seguida, que esta abanava” assumiu o Bombeiro que encerrou a dizer que, “somente pelas 06:00 horas, quando levantei, é que tive a noção da realidade e tomei ciência de que o que acontecera não terá sido um simples sonho…”

Silvério Manata, conhecido escritor de Mira, mas residente desde há muitos anos em Grândola que dista a apenas cerca de 45 quilómetros de Sines, quando contactado também afirmou ter-se apercebido da situação. “Sim, senti o abalo! Deve ter sido intenso, pois acabei por acordar no momento”. Entretanto, pela manhã, o escritor-empresário acabou por ir verificar “se havia acontecido alguns danos” e, em conversa com as pessoas da terra, apercebeu-se de que “algumas nem sequer sabiam que havia ocorrido um sismo, ainda para mais com tal magnitude!” A finalizar, ele, que estava em deslocação por Vila Nova de Mil Fontes e que, de seguida iria para Sines, estava “satisfeito e aliviado por constatar que não houve qualquer impacto social…”

Suzy Rei reside na Lagoa de Mira e deu conta de que sentiu o momento: “Achei que tinha sido um sonho. Porém,  meu filho sentiu as portas do armário a tremer.. Foi muito rápido. Não foi assustador, mas sentiu-se!”

(EM ATUALIZAÇÃO…)

Jornal Mira Online