Electrão encaminhou para reciclagem mais 31% de equipamentos elétricos em 2024

13.02.2025 –

Em 2024, o Electrão registou um novo aumento na recolha de equipamentos elétricos, enviando para reciclagem 36.381 toneladas destes resíduos. Este é um crescimento de 31% em relação ao ano anterior, em que tinham sido recolhidas mais de 27 mil toneladas, e de 52% face a 2022,  quando foram encaminhadas para reciclagem quase 24 mil toneladas.

Entre os elétricos que os cidadãos mais entregaram para reciclagem estão os de grandes dimensões, como máquinas de lavar roupa ou frigoríficos (22.233 toneladas), seguidos de equipamentos como aspiradores, torradeiras ou ferros de engomar (6.837 toneladas). Foram também recolhidas 4.470 toneladas de equipamentos de informática e telecomunicações (como telemóveis), 2.456 toneladas de ecrãs e 313 toneladas de lâmpadas.

De sublinhar o aumento na reciclagem de grandes equipamentos elétricos, que cresceu cerca de 43%, com mais 6.648 toneladas de aparelhos recolhidos face a 2023. Este crescimento assume particular importância tendo em conta o problema do mercado paralelo, para o qual o Electrão tem vindo a alertar, em que equipamentos de grandes dimensões são desviados do circuito formal e não chegam às unidades de tratamento, onde seriam corretamente descontaminados e reciclados.

São diversos os fatores que contribuíram para os resultados positivos alcançados no ano passado: a expansão da rede de recolha própria do Electrão (www.ondereciclar.pt), que conta atualmente com 13.500 locais (mais 2.103 do que em 2023), e que permitiu enviar para reciclagem mais 8 mil toneladas de resíduos elétricos; o trabalho dos parceiros operacionais que continua a ser fundamental, já que a contribuição dos operadores representou 7 mil toneladas; e a aposta em projetos como o Porta-a-Porta, em que os grandes eletrodomésticos usados são recolhidos diretamente em casa do cidadão, ou campanhas de recolha como o “Quartel Electrão” e a “Escola Electrão”.

Estas iniciativas continuam a ser essenciais para se alcançarem melhores resultados, mas há ainda um longo caminho a percorrer para sensibilizar cada vez mais pessoas para a necessidade de entregarem os equipamentos usados para reciclagem, combatendo o mercado paralelo e, também, a acumulação, que é outro dos problemas que persiste: a acumulação, em casa, de pequenos aparelhos elétricos que já não são utilizados.

Verificamos, com entusiasmo, que os resultados alcançados têm vindo a crescer, de ano para ano, e que refletem não só as apostas que temos concretizado, mas também o esforço de todos, porque a reciclagem é uma ação que começa na casa de cada um de nós. Mas queremos melhorar ainda mais, porque continuamos longe de atingir os objetivos desejados na reciclagem de equipamentos elétricos em Portugal e, para isso, queremos contar com o contributo de cada vez mais portugueses nesta missão”, apela o Diretor-Geral de elétricos e pilhas do Electrão.

Ricardo Furtado acrescenta que “Com a entrada em vigor da nova licença, que regula a atuação das entidades gestoras, e com metas mais ambiciosas de reciclagem, este ano de 2025 representa uma pressão adicional para o País e para o sistema de gestão de resíduos elétricos, com a necessidade de aumentar ainda mais as recolhas e de recorrer a novas soluções para envolver o cidadão. Este é, também, o ano em que o Electrão assinala 20 anos de atividade e reforça o compromisso com a sustentabilidade e com o objetivo de contribuir para o aumento da reciclagem de resíduos em Portugal”.  

 Para além da reciclagem, o Electrão incentiva a reutilização de equipamentos elétricos e está cada vez mais comprometido com soluções que prologam a vida útil desses aparelhos, seja através da doação (com o projeto Ondedoar.pt), ou da reparação (com o Academia REPARA). É verificado o potencial de reutilização de diversos equipamentos e esse processo permitiu que em 2024 fossem reutilizadas 1.327 toneladas de aparelhos elétricos, um aumento de 14% em relação a 2023.