EDITORIAL: A transparência da verdade

Concelhos como Águeda, Anadia, Estarreja, Aveiro, Oliveira do Bairro, Ílhavo, Vagos, Mira, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Soure, Pombal, Condeixa, Coimbra, Penacova, todos num vasto espaço territorial da zona centro, já tiveram diagnosticados casos de COVID-19.

Se a situação é preocupante, até ao momento, também não é menos verdade que não há razões para alarmismos. No caso de Mira, por exemplo, trata-se de uma situação na localidade do Cabeço de Mira. Em Cantanhede, neste momento, são 8 os casos, estando assim distribuídos geograficamente: 1 na freguesia da Tocha, 3 na freguesia de Ançã e 4 na União de freguesias de Cantanhede e Pocariça.

Claramente, as autoridades de todos estes Concelhos, bem como de todos os outros espalhados pela região e por todo o país, não poderão descurar sequer um instante de todos os tipos de ações em prol das suas populações. E, quem conhece minimamente os autarcas e os representantes diversos da área da saúde locais, percebe perfeitamente o quão preocupados eles estão nas funções que exercem por conta de toda esta situação.

É necessário, por estes dias, uma enorme capacidade cívica de todos, para além de ser compreendido o papel que cada um detém.

Em nome do bom senso, cabe à população acatar, com maior ou menor grau de dificuldade, as restrições que são impostas – e, pode-se prever que ainda mais, o serão – bem como também cabe às autoridades nacionais, regionais e locais, mostrar números, informar corretamente e facultar à comunicação social os dados, de uma forma transparente, para que nenhuma lacuna fique por preencher. Quanto mais dúvidas houver, mais acarretará o medo e a angústia em cada local.

A comunicação social local tem sentido, toda ela, enormíssimas dificuldades para aceder à realidade dos factos, em alguns casos. Percebe-se bem que as autoridades receiem a instalação, sempre indesejada, do pânico. Mas, quando o trabalho informativo é leal e tem como base, unicamente, a procura e a demonstração da verdade, certamente que as populações sabem e sempre saberão, distinguir o trigo do joio, a verdade, da mentira e a informação cumpridora do mais básico código deontológico, da mera exploração de um assunto que a todos inquieta.

Cumpramos todos os nossos papeis e, certamente, todos nos sentiremos mais seguros a todos os níveis!

Jornal Mira Online