EDITORIAL: ” A motonáutica colocou Mira no alto do pódio!”

17.10.2022 –

Trinta e oito anos depois, a Barrinha da Praia de Mira voltou a ser palco de um espetáculo motonáutico, com uma qualidade organizativa e uma participação de todos os pilotos… em elevadíssimo nível!

Desde a organização federativa à toda a complexa logística ligada a segurança de público e participantes, a cargo da Proteção Civil de Mira, o que se viu foi do melhor que pode ser almejado, em matéria de objetivos, no que se refere a eventos dessa ordem de grandeza.

Para além disso, a envolvente humana foi um ponto extremamente alto durante todo o fim de semana. Mais de dez mil pessoas estiveram no recinto somente no Domingoo! Havia público, nos dois dias, na margem direita, na margem esquerda, no lado norte e no (longínquo) lado sul… e essas tantas pessoas vindas de muitos lados, deram força aos atletas e desfrutaram de uma modalidade com inúmeras diversidades, mas com três pontos em comum: a velocidade, a competitividade e uma elevada carga de companheirismo entre todos os concorrentes!

Tudo conjugado, o resultado só poderia ser o reconhecimento do sucesso desta prova que, designada como GP de Motonáutica Praia de Mira, viu-se, rapidamente transformada numa promessa de Paulo Ferreira (Presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica) de “tudo fazer” para trazer uma prova internacional para Mira, já em 2023. Mais, a mesma Federação deu a conhecer que “indicou o nome de Raul Almeida como Personalidade do ano” pela maneira como o Município, através da sua pessoa, empenhou-se em voltar a trazer a disputa motonáutica para a Praia das 36 bandeiras azuis, ultrapassando obstáculos de toda ordem, incluindo burocráticos, para além de receber “tão bem” toda a caravana ligada ao GP.

A comunidade, como um todo, ganhou. O nome de Mira voltou às luzes da ribalta em pleno mês de Outubro, já fora da época alta, sempre com os naturais receios de que o clima não fosse o mais propício para a prática daquele desporto. Mira viu ser-lhe reconhecida, mais uma vez, a sua capacidade organizativa, de correr riscos calculados e de bem acolher seus visitantes, também fora da época balnear.

Projetos como este, fora de horas, são sempre bem-vindos a um Concelho que ainda tem muitas lacunas para serem corrigidas em várias áreas, mesmo na do Turismo. Com cento e vinte e sete quilómetros quadrados de área, existirão, certamente, ainda mais alternativas para que todas as freguesias do Concelho possam, também elas, serem agraciadas com ações de envergadura, como esta, que só engrandecem o Município e colaboram no seu crescimento.

Francisco Ferra