Drone obriga dois voos a abortar aterragem em Lisboa

A presença de um drone nas proximidades do Aeroporto de Lisboa obrigou, no domingo, dois voos a abortarem a aterragem, tendo um deles divergido para o Aeroporto do Porto.

“Confirmamos que recebemos informações, segundo as quais vários comandantes terão reportado à NAV [entidade responsável pela gestão do tráfego aéreo] a existência de um drone na aproximação da pista 03, fora do alcance visual a partir do aeroporto. A situação foi comunicada à PSP”, refere a ANA – Aeroportos de Portugal, em resposta escrita enviada à Lusa.

Contactado pela Lusa, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP indicou que recebeu uma chamada, pelas 18h45 de domingo, a dar conta da presença de um drone (veículo aéreo não tripulado) a sobrevoar a Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa, acrescentando que, quando os polícias chegaram ao local, “já não encontraram nada”.

A ANA diz que não foi necessário encerrar o aeroporto, mas a ocorrência afetou vários voos.

“O aeroporto não esteve fechado, no entanto, de forma preventiva, duas aeronaves foram instruídas pela torre [de controlo] a interromper a aproximação, uma das quais decidiu divergir para o Porto“, sublinha a gestora dos aeroportos nacionais.

Fonte oficial da NAV explicou à Lusa que um avião da companhia aérea Ryanair, proveniente de Marselha, “foi instruído” pela torre de controlo a abortar uma primeira aterragem quando já estava na fase final da mesma, tendo aterrado uns minutos depois sem qualquer problema.

O segundo voo trata-se de um avião da Easyjet, proveniente de Paris, que, depois de também ter abortado a aterragem, no seguimento das instruções dadas pelos controladores aéreos, optou por divergir para o Aeroporto do Porto.

A NAV acrescenta que as aterragens no Aeroporto de Lisboa “estiveram suspensas entre as 18h40 e as 18h52” e que o incidente com o drone “atrasou a aterragem de outros cinco voos”.

Na resposta escrita, a ANA – Aeroportos reconhece que estas ocorrências devem ser analisadas com “a máxima seriedade”.

“Todas as situações que podem representar um risco para a segurança dos voos são consideradas com a máxima seriedade. Tratando-se de um incidente no espaço aéreo, sugerimos o contacto com a NAV e com a ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil] para recolha de informação mais pormenorizada sobre o incidente”, salienta a ANA – Aeroportos.

 

Fonte: Lusa

Foto: DR