DESASSOREAMENTO DA BARRINHA

Nota de Imprensa CM Mira

A empreitada de desassoreamento da barrinha de Mira foi adjudicada por 545 mil euros e arranca em setembro, representando “um primeiro passo para a recuperação total” da lagoa, disse hoje o presidente da Câmara de Mira.

A empreitada foi consignada pela Polis Litoral – Ria de Aveiro por 545 mil euros à empresa Manuel Maria de Almeida e Silva & CIA, S.A, terá um prazo de dois meses e será financiada pelo programa comunitário POSEUR (85%) e por capital social da Sociedade (Estado), em 15%.

A Polis Litoral Ria de Aveiro – Sociedade de Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro, SA, é uma entidade de capitais exclusivamente públicos, com maioria do Estado (56%), que tem como missão a operacionalização da intervenção de requalificação e valorização da ria de Aveiro.

“A adjudicação da empreitada é uma excelente notícia para Mira e surge como um primeiro passo para a recuperação do ex-líbris do concelho”, disse à Lusa o presidente da autarquia (distrito de Coimbra), Raul Almeida.

A barrinha encontra-se fortemente assoreada e enfrenta uma praga de jacintos-de-água, situação que afastou os banhistas, numa praia que conquistou o galardão ambiental Bandeira Azul durante 31 anos consecutivos.

Raul Almeida refere que a candidatura a fundos comunitários para o desassoreamento da barrinha só avançou depois de Mira ter regularizado todas as quantias em dívida à sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro, o que permitiu criar as condições necessárias para a concretização de mais investimentos daquela entidade no município.

Segundo uma nota da Polis Litoral – Ria de Aveiro, a “empreitada de desassoreamento da barrinha de Mira com transposição de sedimentos para o litoral compreenderá a remoção de uma camada de 0,30 metros de espessura do seu fundo, a qual corresponderá a um volume de cerca de 96 mil metros cúbicos de sedimentos, numa área total de cerca de 330 mil metros quadrados”.

Ainda segundo a Polis, “a obra pretende promover o desassoreamento da barrinha de Mira e a posterior deposição dos dragados no mar, de forma a transportar os sedimentos para o litoral, repondo assim o equilíbrio da dinâmica sedimentar e promovendo o reforço do areal da praia de Mira, contribuindo de forma direta para a proteção do litoral e das populações face aos riscos da erosão costeira”.