“Cultura que somos” prossegue com Percurso dedicado à Cultura para a Inclusão

22.11.2022

Ministro da Cultura visita projetos culturais e artísticos em Lisboa, Leiria e Coimbra

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, realiza amanhã, dia 22 de novembro, mais um Percurso dedicado à “Cultura que somos”, com o objetivo de conhecer e dar voz às ações, aspirações e dinâmicas que constituem a realidade cultural portuguesa. O programa tem início às 09:30 no espaço Manicómio, em Lisboa.

 Neste terceiro Percurso privilegiam-se projetos que, ao abraçarem a causa da inclusão, enriquecem o nosso panorama cultural e artístico ao mesmo tempo que transformam vidas afetadas por obstáculos de natureza diversa, originados em situações específicas de doença, condição física ou contexto social. 

 Lisboa, Leiria e Coimbra são os concelhos a visitar, num périplo ao encontro de estruturas vocacionadas para diversos domínios artísticos, nomeadamente música, artes visuais, ópera e dança. Manicómio, Acess Lab, e CiM – Companhia de Dança completam a manhã na capital. O programa prossegue à tarde no Estabelecimento Prisional de Leiria com o projeto Ópera na Prisão, e termina em Coimbra, para conhecer o grupo de rock 5.ª Punkada.

 “A criação artística tem um enorme potencial para derrubar barreiras, sendo aliás essa uma das suas características: barreiras sociais, económicas e geográficas, a par de barreiras individuais, relacionadas com a doença ou com a condição física”, afirma Pedro Adão e Silva a propósito do tema deste Percurso. E sublinha: “O papel do ministro da Cultura é, também, dar visibilidade ao muito que já se faz neste domínio, um pouco por todo o país”.

 A iniciativa “Cultura que somos” teve o seu arranque a 20 de setembro último no distrito de Lisboa, numa jornada consagrada à Cultura Urbana. Sob o mesmo tema o ministro da Cultura percorreu em outubro quatro concelhos do norte do país: Famalicão, Braga, Barcelos e Guimarães.

 Pensados numa lógica de cobertura territorial, os Percursos do Ministério da Cultura organizam-se segundo um tema mensal, podendo decorrer em dias consecutivos ou alternados. O objetivo é fomentar a proximidade e o diálogo, no terreno, com pessoas e entidades ativas no contexto da cultura e das artes.

 A diversidade é um conceito orientador do programa, que contempla agentes culturais, estruturas e criadores de diversas expressões, vocacionados para diferentes públicos.

 Esta abrangência, que constitui a riqueza da “Cultura que somos”, permite percecionar tendências e movimentos que estão a fazer o seu caminho, às vezes de forma discreta, mas com relevante impacto na região ou na área em que atuam.

 Ao reconhecer a energia transformadora de agentes e artistas, estes percursos são também uma forma de valorizar e incentivar a participação cidadã na dinâmica cultural do país.

9h30-10h30 – «Manicómio» (Lisboa)
O «Manicómio» é um projeto de criação artística e de inclusão, promovido pela P28 – Associação de Desenvolvimento Criativo e Artístico. Com múltiplas iniciativas que cruzam a arte, a criatividade, a transformação social e a saúde mental, no centro do projeto estão criadores que têm no seu percurso uma história de doença mental. Surge com o propósito de combater o estigma social frequentemente associado a esta condição, lutando para conquistar a dignidade e o reconhecimento dos seus artistas.
Morada: Rua do Grilo 135, 1950-144, Lisboa

10h30-11h00 – Encontro com Access Lab no espaço «Manicómio» (Lisboa)
Access Lab é uma organização que trabalha o acesso à cultura e ao entretenimento – assumido como um Direito Humano fundamental – junto de pessoas com dificuldades motoras e auditivas. Através de uma perspetiva integrada, a Access Lab desenvolve a sua atividade em colaboração com artistas, instituições e pessoas com necessidades especiais, pugnando por acessibilidade em websites, nos percursos físicos e na programação, entre outras iniciativas.

11h30-12h45 – CiM – Companhia de dança (Lisboa)
A CiM – Companhia de Dança foi criada em 2007 numa parceria entre a Vo’Arte e a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa. A CiM integra intérpretes, bailarinos e atores com e sem condição especial, praticando uma abordagem inclusiva da criação artística através da dança, imagem e som.
Morada: Lar Militar da Cruz Vermelha | Av. Rainha Dona Amélia 51, 1600-680 Lisboa

14h30-15h45 – «Ópera na Prisão» (Leiria)
Promovido pela SAMP- Sociedade Artística Musical dos Pousos, em parceria com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, este projeto visa a reinserção e redução dos níveis de reincidência criminal de jovens reclusos através da prática artística e da criação participada por todos (artistas profissionais, reclusos, familiares dos reclusos, guardas e técnicos do estabelecimento prisional). O objetivo é fomentar encontros e aprendizagens que potenciam mudanças no sentido de uma sociedade mais justa e coesa.
Morada: Estabelecimento Prisional de Leiria, Avenida da Comunidade Europeia, nº1, Leiria

16h45-18h00 – «5.ª Punkada» (Coimbra)
Os 5.ª Punkada são um grupo Rock formado por utentes da APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra. Fundada em 1993, a banda já percorreu Portugal de Norte a Sul e viajou também para Inglaterra, Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Espanha, Itália ou Finlândia, num total de mais de 300 concertos. Trata-se de um excelente exemplo do papel da música como facilitador da inclusão de pessoas com necessidades especiais.
Morada: Quinta da Conraria – Ceira, 3040-714, Castelo Viegas