Sete casos de covid-19 associados à variante do Brasil foram identificados em Portugal pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e já reportados às autoridades de saúde, anunciou hoje o INSA.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), estes primeiros casos identificados em Portugal, através da sequenciação genómica, já tinham sido sinalizados como suspeitos pelos laboratórios UniLabs e Synlab, no âmbito da colaboriação que estes mantêm com o instituto.
“Os casos foram já reportados pelo INSA às Autoridades de Saúde, que já efetuaram as devidas diligências para o rápido rastreio de contactos e adoção de todas as medidas de saúde pública consideradas necessárias para a interrupção de potenciais cadeias de transmissão”, adianta o INSA em comunicado.
Os casos foram identificados através do Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA, no âmbito da vigilância de base genética que desenvolve para monitorizar a circulação de variantes genéticas do SARS-CoV-2 de importância epidemiológica e clínica.
“A variante 501Y.V3 (P.1), primeiramente detetada no Brasil, em particular na região de Manaus (Amazónia), tem sido assinalada pelas autoridades de saúde mundiais como merecedora de especial vigilância dado o seu elevado potencial de transmissão, mas também devido ao facto de poder ser menos reconhecida por alguns dos anticorpos gerados no decurso de uma infeção, suscitando naturalmente uma atenção acrescida”, sublinha o instituto.
A identificação destes primeiros casos surge na véspera da nova reunião de peritos para analisar a situação epidemiológica no país, no Infarmed, em Lisoa, onde será apresentada por parte do INSA “a nova abordagem de sinalização precoce de potenciais variantes genéticas que importa monitorizar”.