O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia de covid-19, registou mais de 900.000 novos contágios só nos últimos quatro dias, sendo que a variante Ómicron é responsável por cerca de 90% dos casos detetados.
Entre quarta e sexta-feira, o Brasil registou três dias consecutivos de recordes diários de infeções, todos acima dos 200.000 por dia.
A contagiosa variante Ómicron disparou de forma exponencial os contágios do vírus desde o início do ano, embora esse crescimento vertiginoso, até ao momento, não se tenha traduzido num aumento de mortes na mesma proporção.
Na sexta-feira, o país tinha registado o seu terceiro número consecutivo recorde de infeções em 24 horas, ao atingir os 269.968 casos.
Nas últimas 24 horas, o Brasil contabilizou 640 novas mortes devido à covid-19 e 179.816 infetados, de acordo com fontes oficiais.
Segundo os dados mais recentes, divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil acumula agora um total de 626.524 mortos e 25.214.622 infetados pela covid-19 desde o início da crise sanitária, em fevereiro de 2020.
De acordo com os especialistas, a relativa contenção da subida de mortes por covid-19 resulta sobretudo do avanço da campanha de vacinação, contando com 77% dos seus 213 milhões de habitantes com pelo menos uma dose.
Entretanto, 71% dos brasileiros já conta com a vacinação completa, segundo os dados oficiais.
A rápida propagação da nova variante levou a que os governos estaduais voltassem a adotar medidas sanitárias para conter a propagação.
Em São Paulo, o estado mais povoado do Brasil, com 46 milhões de habitantes, vai passar a ser exigido o certificado de vacinação de crianças e adolescentes nas escolas públicas da região.
De acordo com a nova regra, a falta de comprovativo de vacina não impedirá os estudantes de frequentar as aulas, mas, nesse caso, as escolas deverão enviar uma notificação oficial às autoridades de saúde e ao Conselho Tutelar.
Os especialistas preveem que as próximas semanas sejam difíceis no Brasil, onde a elevada taxa de transmissão já supera o ritmo de contágio observado durante os períodos mais críticos da pandemia até agora.
Madremedia/Lusa