“Águas desnorteadas ou amenésicas?!
Face aos comunicados apressadamente apresentados pela empresa intermunicipal ABMG, referentes aos processos de pagamento de faturação dos serviços contratualizados pelos munícipes de Mira, Montemor-o-Velho e Soure, importa avivar a memória do Conselho de Administração desta empresa e, dos seus responsáveis autárquicos que:
1º – A situação descrita nos referidos comunicados não é novidade, tendo sido prática recorrente desde o seu início, como está devidamente documentado pelas intervenções dos membros do Movimento Cidadania Democrática ( MCD ), anteriormente designado por Movimento de Cidadãos pela saída da ABMG. Tal prática reflete as reclamações apresentadas pelos diferentes utilizadores / consumidores da água e saneamento básico, que a ABMG se comprometeu a prestar como serviço de qualidade, o qual não tem vindo a ser efetuado;
2º – Contrariamente ao que é referido no ultimo comunicado, a situação referente à dificuldade de pagamento de prestação de serviços, não é apenas exclusiva dos munícipes de Soure, mas também extensiva aos restantes utilizadores dos concelhos de Montemor-o-Velho e Mira, facto que em nada abona a credibilidade deste comunicado, como tem acontecido com os anteriores;
3º – Se a falha que é apontada no comunicado, referente ao pagamento de prestação, se deve a dificuldades apontadas ao serviço de distribuição de correspondência, importa questionar a empresa que presta este serviço se corrobora desta acusação sistemática, por parte da ABMG. Outra pergunta que se deve fazer à ABMG; Ao longo destes 2 anos de existencia da ABMG, esta acusação não é única, mas nunca foi devidamente esclarecida se “falha se deve ao serviço de impressão e de emissão contratado ou à empresa de distribuição (CTT), importa questionar as empresas que prestam este serviço se corroboram desta acusação sistemática, por parte da ABMG”. Se tal for confirmado, reforçando as situações que no passado também foram imputadas pela ABMG, questiona-se qual a razão pela não manutenção de um serviço que não demonstra competência nem responsabilidade, o qual muitas vezes penaliza o cliente, sem que o mesmo seja ressarcido dos prejuízos que obteve destes processos mal explicados.
4º – Importa também não esquecer que a agravar esta inabilidade e inaptidão, recentemente a ABMG premiou os seus clientes com o aumento dos serviços que presta, sem a devida compensação da melhoria dos serviços prestados ou da eficácia e desenvolvimento das redes de abastecimento de água e saneamento básico. Relembra-se que foram estas as razões que justificaram a gestão deste tipo de serviços pelas três autárquicas, as quais legitimam estas práticas recorrentes, vindo posteriormente e “ penhoradamente” a pedir desculpas.
Neste sentido, as águas do Baixo Mondego e Gandaras, não só provocam danos em períodos de “cheia”, mas também desassossegam e demonstram desnorteamento sobretudo em relação a quem devia, por incumbência do cargo público que exerce, cumprir o que prometeu e e fazer cumprir o desígnio da satisfação de um bem maior – A ÁGUA e não o seu contrário, como lamentavelmente temos assistido.
Não traduz a verdade, os diferentes processos que existem junto das instituições da Jústica?”