A droga terá sido “cortada” com uma substância tóxica e acredita-se que os motivos poderão ter sido uma disputa de gangues na cidade San Martín.
Os média locais avançam que pelo menos 20 pessoas morreram e várias estão sob cuidados de saúde após ter sido detetada a presença de uma substância altamente tóxica misturada com cocaína – as autoridades de Buenos Aires já estão a investigar o caso. A polícia adiantou que a cocaína foi vendida num bairro muito pobre em San Martín, “Puerta 8”, num subúrbio a norte da capital.
Os peritos estão a analisar a droga para que se consiga fazer uma autópsia e dessa forma entender a causa das mortes, contudo já é avançado que as motivações podem estar relacionadas com uma batalha entre narcotraficantes locais. As autoridades argentinas reportaram a morte de oito pessoas que pertenciam ao mesmo grupo e que, todas elas, morreram após comprarem a droga na terça-feira. Desde então o número de óbitos não tem parado de aumentar.
O procurador-geral de San Matín, Marcelo Lapargo, revelou a perplexidade com este caso: ”Este acontecimento é uma absoluta exceção. Não temos precedente.” – Confessa Lapargo ao canal “Todo Noticias”. “Se este tipo de situações e a natureza do tráfico de droga mudou a ponto de isto se tornar comum, espero nunca mais ver uma coisa destas.”
O ministério da saúde argentino não tardou a pronunciar-se sobre o sucedido e a avançar com mais dados. Segundo o ministério contam-se 20 mortos, 74 hospitalizados e, desses, 18 estão ventilados. Lapargo acrescenta que a prioridade é “remover o veneno do mercado negro” e impedi-lo de ser vendido: “Deve haver muita gente com dinheiro no bolso e o número de hospitalizados mostra-nos que o mais importante é parar este risco extremamente elevado.
Sergio Berni, o ministro da segurança de Buenos Aires, avisou “aqueles que podem ter comprado drogas nas últimas 24 horas” para se livrarem delas a fim de prevenir um eventual contacto com o veneno.
A polícia argentina já confirmou a detenção de 12 pessoas. Segundo a Globo, o caso dificilmente será uma operação isolada, uma vez que nos últimos anos tem aumentado a entrada de cocaína na Argentina com vista a ser espalhada pela Europa.