O líder do Chega, André Ventura, afirmou hoje o partido vai cumprir as suas obrigações relativamente à sede em Évora que foi alvo de despejo, alegadamente por falta de pagamento de oito meses de renda.
Questionado pelos jornalistas sobre a notícia do Expresso que fala da ação de despejo da sede do Chega em Évora, André Ventura confirmou que “houve uma ação de despejo” e que há “uma ação judicial” e que o partido cumprirá o que tiver de cumprir.
“Cumpriremos as nossas obrigações”, frisou o líder do Chega, partido que defende no seu programa que o próprio Estado tem que respeitar “os compromissos que assume”, num conceito que intitula de “Estado pessoa-de-bem”.
De acordo com a notícia do Expresso, o Chega está a ser alvo de despejo pela falta de pagamento de oito meses de renda (180 euros mensais), tendo o presidente da distrital de Évora revelado desconhecimento sobre o sucedido.
André Ventura falava à comunicação social no final de uma arruada na Sertã, no distrito de Castelo Branco, que durou pouco mais de meia hora, onde participaram cerca de meia centena de simpatizantes e militantes.
No meio da comitiva, viam-se vários jovens a empunhar bandeiras do Chega, alguns sem qualquer filiação ou sequer simpatia com o partido.
“Sabíamos que ia haver isto hoje e decidimos vir para ver como ia correr. Depois, deram-nos umas bandeiras para a mão e não dissemos que não para parecer mal”, contou uma jovem à agência Lusa.
David, de 17 anos, assim como a sua colega, referiram que, apesar de se reverem “em algumas coisas”, não simpatizam com o partido.
“Eles exageram em algumas coisas. Não me revejo, de todo, no partido”, disse.
Pelo caminho, André Ventura cumprimentou alguns habitantes, que eram poucos na rua, e não se aventurou dentro de estabelecimentos comerciais, tendo também parado junto a uma mulher, indicada por um elemento da comitiva, que antes do início da arruada estava a distribuir bandeiras na Praça da República da Sertã.
Antes de chegar ao final da arruada, uma jovem, do outro lado da estrada, surgiu a envergar uma bandeira LGBTQIA+.
“Acho uma enorme falta de respeito eles não respeitarem uma relação entre duas pessoas com o mesmo género, porque cada um de nós merece ter os mesmos direitos”, disse Helena Batista, jovem da Sertã, que decidiu envergar a bandeira para tomar uma posição contra o Chega.
Madremedia/Lusa