31.10.2024 –
A Turismo Centro de Portugal apresentou, no emblemático Palace Hotel do Bussaco, o Programa Regional de Ecoturismo do Centro de Portugal, uma iniciativa que visa posicionar a região Centro como o principal destino de ecoturismo de Portugal Continental.
O evento contou com a presença de várias entidades, entre as quais Anabela Freitas, vice-presidente da TCP; António Jorge Franco, Presidente do Município da Mealhada; e Guilherme Duarte, Presidente da Fundação Mata do Bussaco; Sílvia Ribau, diretora do Núcleo de de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística da TCP, e Adriana Rodrigues, diretora do Núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da TCP.
O Programa Regional de Ecoturismo foi desenvolvido numa parceria entre a TCP e a IDTOUR e responde às diretrizes da Lei n.º 86/2019, que incentiva a criação de programas regionais de ecoturismo. José Mendes, CEO da IDTOUR, apresentou as linhas-mestras da iniciativa, que propõe um modelo de turismo sustentável e culturalmente consciente para a região.
O programa define o Ecoturismo como uma “viagem responsável para espaços naturais, com o objetivo de usufruir de um maior contacto com a natureza, contribuindo para a conservação do ambiente natural e cultural do destino, através da sua função educativa, minimizando os impactos negativos no território e proporcionando benefícios para as comunidades locais”.
A iniciativa identificou já 2.731 recursos turísticos na região com potencial para a prática de Ecoturismo – 1.362 naturais e 1.369 culturais –, discriminados por cada Comunidade Intermunicipal.
Os recursos naturais identificados consistem, entre outras, em áreas protegidas, cursos de água, serras, vales e montes, praias marítimas e fluviais, áreas florestais e agrícolas, parques, jardins e zonas de lazer e património geológico. A estes juntam-se os recursos culturais, nomeadamente aldeias, museus e centros interpretativos, património arqueológico, moinhos, lagares e azenhas, arquitetura militar e património religioso.
O programa estabeleceu um grupo de trabalho que reúne representantes da TCP, CCDRC, das oito Comunidades Intermunicipais da região, do ICNF e de Organizações Não-Governamentais de Ambiente, assegurando uma colaboração efetiva entre os principais agentes da área. Para a implementação da iniciativa, foram estabelecidos quatro eixos estratégicos: ativação e consolidação do modelo de governança; estruturação, qualificação e certificação da oferta ecoturística; promoção e comercialização do produto ecoturístico; e monitorização e avaliação das atividades ecoturísticas.
O Programa Regional de Ecoturismo do Centro de Portugal marca um passo importante no compromisso da TCP com o turismo sustentável e coloca a região como um exemplo de prática responsável, com impacto positivo nas comunidades e no ambiente.
“Guia do Ecoturismo no Centro de Portugal”
Após a apresentação do Programa Regional de Ecoturismo, Adriana Rodrigues, diretora do Núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da TCP, deu a conhecer, em primeira mão, o “Guia do Ecoturismo no Centro de Portugal”, que será distribuído gratuitamente com um jornal nacional amanhã, quinta-feira.
“Este guia insere-se na nossa estratégia de promoção. Ao longo dos anos, temos vindo, com este nosso parceiro nacional, a desenvolver um conjunto de guias sobre os mais variados temas. Este, dedicado ao Ecoturismo no Centro de Portugal, é o segundo que lançamos este ano”, explicou Adriana Rodrigues.
O Guia promove os principais recursos da região ao nível da oferta de Ecoturismo, elencando os Geoparques, as Reservas da Biosfera, os Parques Naturais, os Percursos Pedestres ou os locais para Observação de Aves no território. Há também espaço para sensibilizar os turistas para serem turistas sustentáveis, sugestões de alojamento eco-sustentável e a divulgação do Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal.
Declarações das entidades presentes
Durante a apresentação, Anabela Freitas destacou a importância da sustentabilidade como objetivo estratégico da TCP.“A Turismo Centro de Portugal tem desenvolvido, desde há vários anos, uma estratégia para ser considerado um destino sustentável. É um trabalho no âmbito do turismo de natureza, daquilo que são os comportamentos dos visitantes que nos procuram, que querem diminuir a sua pegada ecológica e que pretendem participar na experiência turística com as comunidades locais. O Ecoturismo tem esta dimensão”, sublinhou.“Queremos que o Centro de Portugal seja o destino reconhecido de Ecoturismo em Portugal continental, num trabalho em conjunto com parceiros públicos e privados. Estamos no caminho certo para isso ser uma realidade”, acrescentou.
António Jorge Franco, presidente do Município da Mealhada, realçou o valor da Mata do Bussaco para o turismo sustentável. “Esta nossa Mata Nacional do Bussaco, que é perfeita em termos turísticos, reúne aqui um conjunto de atrações diverso, a começar pela natureza e bem-estar, o turismo militar e religioso, passando pela gastronomia e vinhos e terminando no desporto. São múltiplas as ofertas neste território e, mais importante que tudo, estão enquadradas na estratégia da Turismo Centro de Portugal”, destacou. “O Ecoturismo está em alta, alimentado por uma maior consciência coletiva para o ambiente e para o desejo de explorar a natureza de forma sustentável. A Mata Nacional do Bussaco tem trilhos, tem fauna e flora únicas e oferece uma envolvente histórica que enriquece qualquer experiência”, concluiu.
Guilherme Duarte, Presidente da Fundação Mata do Bussaco, enfatizou a importância deste espaço, que em 2028 celebrará os 400 anos da sua criação pelos carmelitas. “O Bussaco é um espaço de fé, de natureza e do trabalho do Homem. É único e tem uma diversidade enorme. É um espaço que quereremos preservar e proteger, para que as gerações vindouras possam desfrutar daquilo que nós tivemos o privilégio de desfrutar. Por isso, o Ecoturismo diz-nos muito. Queremos continuar a servir bem quem nos visita”, disse.