CEARTE contribui para a revitalização das Artes e Ofícios do Ribatejo

O CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património – integra o projeto de Artes e Ofícios do Ribatejo Interior, com iniciativas promotoras do desenvolvimento e afirmação da importância do artesanato na região.

Este ano o “Dia do Artesão” foi comemorado de forma especial no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, com a apresentação do Projeto AO.RI – Artes e Ofícios do Ribatejo Interior, resultado de uma candidatura ao Programa Operacional do Centro e cofinanciado pelo FEDER.

A iniciativa coordenada pela TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior – em parceria com os Municípios de Abrantes, Constância e Sardoal, contou com a participação de mais de quatro dezenas de artesãos, criadores e produtores locais.

A sessão de apresentação do projeto contou com a presença do Dr. Jorge Brandão, Vogal executivo do Centro 2020, do antropólogo Paulo Lima que fará o levantamento histórico do artesanato do Ribatejo e do Diretor do CEARTE, Luís Rocha, que falou sobre a formação e o reconhecimento dos artesãos como medidas estruturantes para desenvolver o artesanato. Luís Rocha promoveu e reforçou ainda a importância da integração dos participantes com a comunidade, uma vez que, além de valorizar as artes e ofícios tradicionais, o projeto tem como objetivo complementar a oferta dos produtos turísticos do Médio Tejo.

A assinatura do protocolo de colaboração entre a TAGUS e o CEARTE neste evento afirmou as atividades pressupostas no projeto AO.RI: desenvolver um conjunto de ações para trabalhar o artesanato existente, identificando os usos e costumes desta comunidade e recuperando as artes e ofícios que se estão a perder, com o objetivo de modernizá-lo e adaptá-lo para criar uma imagem mais contemporânea que o torne atrativo.

O CEARTE terá uma participação ativa ao longo do projeto, colaborando no levantamento do artesanato, disponibilizando toda a informação que gere e mantém atualizada no Registo Nacional do Artesanato. Ficará também a seu cargo a formação, nomeadamente workshops técnicos de sensibilização e apoio aos artesãos e outros produtores locais para a legalização da atividade (fiscalidade, segurança social, licenciamento, entre outros) e para a obtenção da carta de artesão e de unidade produtiva artesanal, com explicação detalhada de como se obtém e quais os benefícios.

O CEARTE será também responsável pelas oficinas de formação e capacitação de artesãos, com projetos formativos à medida, tendo em vista a transmissão de conhecimentos e a renovação geracional dos produtores e projetos em diversas áreas (digital, inovação, gestão, promoção, e-commerce, entre outos).

Por fim, terá também a seu cargo oficinas criativas com a temática “Do artesanato tradicional à inovação”, com a realização de workshops de iniciação às atividades tradicionais, dirigidas, tanto a jovens locais envolvidos nas áreas das artes e design, como a outros potenciais interessados.

O AO.RI culminará com a criação de um percurso turístico integrado de artes e ofícios do Ribatejo Interior e, também, com experiências imersivas para os turistas que, cada vez mais, valorizam o Turismo cultural, criativo e de experiências e que reconhecem a componente artística e patrimonial das produções artesanais.

O CEARTE:

O CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e o Património, com sede em Coimbra, é um órgão nacional vocacionado para responder à formação e qualificação de novos profissionais e ao longo da vida dos ativos, nos setores do artesanato e património e das indústrias culturais e criativas.

Para além da formação profissional, o CEARTE desenvolve atividades complementares à qualificação profissional, tal como o fomento do empreendedorismo e da inovação, a consultoria e o apoio técnico à organização do sector no plano do reconhecimento dos artesãos (processo da carta de artesão e da Unidade produtiva artesanal) e da promoção da qualidade e genuinidade das produções artesanais (processo de certificação de produções artesanais tradicionais).