Canadá já proíbiu entrada no país a mais de 18.000 estrangeiros

As autoridades do Canadá recusaram a entrada no país a mais de 18.000 viajantes estrangeiros, a maioria dos Estados Unidos, desde março, por viagens não essenciais, segundo dados oficiais hoje divulgados.

Segundo estatísticas da Agência de Serviços de Fronteiras do Canadá, entre os dias 22 de março e 02 de setembro, os agentes canadianos recusaram a entrada de 18.431 viajantes estrangeiros, a maioria vindos dos Estados Unidos.

O Canadá e os Estados Unidos fecharam a fronteira comum, a mais longa do mundo, a 21 de março, exceto para o comércio de mercadorias e trabalhadores essenciais, com o objetivo de conter o contágio da pandemia de covid-19.

Em meados de agosto, o encerramento da fronteira, com 8.900 quilómetros, foi prorrogado até, pelo menos, 21 de setembro.

Em situação normal, mais de 400.000 canadianos e americanos cruzam a fronteira entre os dois países diariamente.

A troca de bens e mercadorias de ambos os lados totaliza 2,4 biliões de dólares canadianos [1.5 biliões de euros] diariamente.

Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia de covid-19, registando até hoje mais de 188.500 mortes.

O Canadá, por sua vez, informou hoje que já registou 9.183 mortes.

A situação epidemiológica tem causado preocupação entre alguns canadianos, que temem que os americanos vão para o Canadá por motivos ilegítimos, com o risco de se espalhar o novo coronavírus.

No final de julho, as autoridades canadianas introduziram regras mais rígidas e condições adicionais de entrada no país, com o objetivo de reduzir o tempo de permanência dos viajantes em trânsito.

No sábado, uma família americana que vinha do Alasca foi escoltada pela polícia de Vancouver até a fronteira entre Colúmbia Britânica e os Estados Unidos, por ficar muito tempo no Canadá e não seguir a rota mais direta para o estado americano de Washington, segundo a AFP, que cita os media canadianos.

Os quatro membros da família foram condenados a pagar uma multa de 500 dólares canadianos [323,39 euros] cada.

Lusa