Câmara de Cantanhede aprovou voto de pesarpelo falecimento de Mário de Oliveira Alfaiate

A Câmara Municipal de Cantanhede deliberou aprovar, por unanimidade, um voto de pesar pelo falecimento do Dr. Mário de Oliveira Alfaiate, em 11 de fevereiro, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), onde estava internado. O texto da proposta que a presidente da autarquia submeteu à votação do executivo camarário refere-se ao Dr. Mário de Oliveira Alfaiate como uma referência de integridade e seriedade em todas as facetas da sua vida e cidadão exemplar que deixou um legado marcante nas instituições a que esteve ligado”, destacando “a irrepreensível competência, brio e forte espírito de missão com que exerceu os cargos que assumiu em entidades do concelho, apenas pela satisfação de servir bem a sua comunidade, abdicado de todos e quaisquer proveitos ou benefícios”.

Helena Teodósio lembra que, em 2019, o Município de Cantanhede distinguiu o Dr. Mário de Oliveira Alfaiate com um Voto de Louvor e Reconhecimento, tendo invocado para o efeito “o exemplo da sua intervenção cívica e o incontestável mérito da sua atividade enquanto Presidente da Direção Cooperativa Agrícola da Tocha, onde evidenciou comprovada competência de gestão e espírito empreendedor, tendo implementado na empresa uma cultura de boas práticas que contribuiu para o seu assinalável crescimento sustentado e para o reforço da sua função no processo de desenvolvimento económico e social do concelho”.

Mário Oliveira Alfaiate nasceu em 1932 na localidade de Porto de Covões, Freguesia de Covões, onde concluiu o ensino primário, após o que foi estudar para o Liceu D. João III, em Coimbra. Terminados os estudos secundários inscreveu-se no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa – atual ISEG – Lisbon School of Economics and Management –, onde se licenciou em Finanças.

Entretanto, entrou para a Força Aérea Portuguesa, onde fez carreira ligada à gestão financeira e administrativa, tendo cumprido duas comissões de serviço na Guiné, mas abandonou muito cedo a carreira militar com a patente de Major para trabalhar na gestão de empresas.

Em meados da década de 1970, fixou residência na Tocha, altura em que passou a dedicar-se aos negócios familiares em Portugal e no Brasil.

Em 1977, foi eleito presidente da Cooperativa Agrícola da Tocha e, posteriormente, presidente da Assembleia Geral, de 1984 a 1987. Em 2000, assumiu de novo a presidência da direção da cooperativa, cargo para que foi reeleito por quatro vezes consecutivas, até se retirar no final do último mandato, em 27 de maio de 2019. Foi também membro do conselho fiscal da Lacticoop de 1979 a 1981 e delegado à Assembleia Geral da empresa de 2003 a 2019.

Na sua terra natal, Covões, foi um dos sócios fundadores da Prodeco – Progresso e Desenvolvimento de Covões, a cujo conselho fiscal presidiu de 1999 até 2012.