Miro Tsai, que aprendeu a ler aos três, é fluente em inglês e está a aprender mandarim, não quer que a raça humana tenha o destino dos dinossauros. A NASA agradece.
A Agência Espacial Americana, NASA, e a International Astronomical Search Collaboration (IASC) têm um programa comum que busca constantemente novos corpos celestes em eventual rota de colisão com a Terra.
No mês passado, as duas entidades acrescentaram 15 novos asteroides à lista. Eles foram descobertos por um astrónomo amador brasileiro. Bom, até aqui nada de anormal, o programa visa cativar apaixonados por astronomia espalhados pelo mundo, uma vez que toda a ajuda no controle dos objetos espaciais é bem-vinda.
A novidade é que o caçador daqueles 15 asteroides tem cinco anos de idade. Miro Latansio Tsai, natural de São Paulo, filho de uma advogada e de um gestor de empresas, desde os dois anos que se interessa por astronomia e jura que se tornará cientista.
Fluente em português (desde os três anos) e em inglês, Tsai está também a aprender mandarim, ensinado pelo pai.
Desde que aprendeu a andar, conta a mãe, que Miro prefere visitar museus a ir a parques de diversão e, embora seja fã do Super Homem, nunca se ateve a livros infantis – nas livrarias corria para os atlas. E não apenas os atlas. Aos quatro anos explicou aos pais, tintim por tintim, como funciona o sistema digestivo. Por vezes, ficava horas a observar o funcionamento de um formigueiro ou o comportamento de uma rã.
Preocupado por saber que os dinossauros desapareceram da terra por culpa de um asteroide, disse à mãe que a raça humana não está livre de idêntico destino.
Logo na sequência ela inscreveu-o no programa da NASA e da IASC e ele mapeou em poucas semanas os tais 15 novos asteroides. Os cientistas americanos agradeceram. E a humanidade também.
João Almeida Moreira, correspondente da TSF em São Paulo