O Brasil registou mais 631 mortos e 24.831 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas, momento em que a taxa de letalidade da doença está fixada em 3,9%, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.
Os dados integram o mais recente boletim divulgado pelo executivo, que dá conta que o país sul-americano totaliza agora 72.100 óbitos e 1.864.681 de casos de infeção desde o início da pandemia, estando ainda a ser investigada uma eventual relação de 4.063 óbitos com a doença provocada pelo novo coronavírus.
Ainda de acordo com a tutela, 221 das 631 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas foram incluídas nos dados de hoje após confirmação da causa do óbito.
O Brasil, com uma população estimada de 210 milhões de pessoas, tem hoje uma incidência de 34,3 óbitos e 887,3 casos da doença por cada 100 mil habitantes.
Em relação ao número de recuperados, o país sul-americano regista 1.123.204 pacientes que conseguiram superar a doença, tornando-se no segundo país do mundo com mais casos de recuperação, apenas atrás dos Estados Unidos da América.
No momento, 669.377 infetados continuam sob acompanhamento no Brasil.
O foco da pandemia no país continua a ser São Paulo (sudeste), o estado mais rico e populoso do Brasil, concentrando oficialmente 371.997 casos de infeção e 17.848 vítimas mortais.
Seguem-se as unidades federativas do Ceará (nordeste), que acumula 136.785 pessoas diagnosticadas e 6.868 óbitos e o Rio de Janeiro (sudeste), que desde a chegada da pandemia ao país, no final de fevereiro, já perdeu 11.415 cidadãos para a covid-19 e registou 129.684 casos confirmados.
Um dos brasileiros a integrar as estatísticas de mortos de hoje é o ex-deputado federal Nelson Meurer, primeiro condenado pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro na Operação Lava Jato, que morreu na manhã de hoje, aos 77 anos, vítima da covid-19, segundo o portal de notícias G1.
A morte foi confirmada pelo advogado do ex-deputado e pela direção da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, no estado do Paraná, onde Meurer cumpria pena de 13 anos e nove meses de prisão, pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais.
A defesa do ex-deputado já tinha entrado com vários pedidos para cumprimento de prisão domiciliária devido às doenças preexistentes e à sua idade avançada, que colocou Meurer no grupo de risco após a confirmação de ter contraído o novo coronavírus. Contudo, a justiça brasileiro negou as solicitações.
“A situação toda é que ele não ficou em isolamento. Quem está numa cela, com contacto, num ambiente prisional, está sujeito a isso. Infelizmente, essa realidade poderia ter sido evitada”, disse o advogado, Michel Saliba, citado pelo portal de notícias.
Lusa