BOMBEIROS DE MIRA: A “posse” que começou com um problema para ser resolvido!

12.10.2024 –

Mal tiveram início os trabalhos para o ato de posse dos novos Corpos Dirigentes da AHBV Mira, Manuel Monteiro usou da palavra para questionar o que estava transcrito na ata: por ter existido uma eleição intercalar, o mandato não poderá ser para um triênio mas, sim, por seis meses, período que faltava para a Direção cessante completar seu mandato, entretanto, interrompido pelo pedido de demissão.

Foi necessária uma interrupção de cerca de vinte minutos para que a ata, que continha a discrepância relativa ao período de duração do mandato agora iniciado, pudesse ser corrigida. Com muitos associados presentes a se sentirem, claramente desconfortáveis com a situação – houve quem temesse o adiamento da Tomada de Posse – ficou no ar a convicção de que, desde há bastante tempo as coisas não andam a correr bem numa casa que muito diz aos mirenses, no que concerne à estabilidade de uma Instituição fulcral na segurança e no socorro dos cidadãos.

Entretanto, corrigida atempadamente a tal discrepância, foi possível acontecer o tão ansiado momento pelos presentes, onde Cristina Rocha e seus companheiros puderam jurar pela honra que tudo farão para que seus objetivos sejam alcançados, em nome de um bem maior: a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Mira. Fica, porém, a certeza de que “o corpo dirigente que hoje tomou posse solicitará eleições no primeiro trimestre de 2025”  sendo alcançado, assim, o regular funcionamento daquilo que está explanado nos Estatutos.

Os discursos:

Manuel Monteiro deixou clareza nas palavras que utilizou, como é seu apanágio. Pouco falando sobre o passado recente que muito já deu o que falar e, provavelmente, ainda dará mais, centrou seu discurso na necessidade de união entre todos os envolvidos – Direção, Comando e Corpo Ativo – e na independência de cada Órgão empossado.

Cristina Rocha, a quem cabe dirigir o destino de uma Associação assolada por problemas de vária ordem, enalteceu a disponibilidade dos seus pares, que aceitaram fazer parte da sua equipa, com espírito de missão e a pensar no bem comum. A nova Presidente chegou a sublinhar a palavra “independência” entre cada um dos Corpos Sociais, deixando claro, também, que a Direção falará “com o Comando” assim como deverão fazer, os componentes do Corpo de Bombeiros em atividade.

Mais, Cristina Rocha perguntou a si própria e a todos os presentes sobre “onde andam os sócios desta casa?” numa alusão à pouca partipação destes no ato eleitoral e também, como um grito de alerta para a necessidade de ser rapidamente criada, “uma nova geração de associados” que possam colaborar com uma política de aumento de receitas a fim de a Instituição não ser tão dependente da Câmara Municipal.

Questionada pela reportagem sobre se sentiu “ameaçada a posse dos Corpos Dirigentes” por conta do ocorrido logo no início da Sessão, Cristina Rocha garantiu peremptóriamente que “não, nunca!” visto que, “no nosso entender, desde o princípio, o período que os Estatutos nos permitiam trabalhar é aquele que faltava na anterior Direção”  e, assim, “entendemos que temos de fazer o nosso trabalho para, depois sim, podermos nos candidatar a um período de três anos… jamais nos sentiríamos confortáveis se nosso mandato não fosse aquele que está estipulado nos Estatutos da Associação!”

Por fim, Artur Fresco não deixou de agradecer aos que se manifestaram dizendo “presente, com uma candidatura”   não deixando, porém de colocar o dedo na ferida: os tempos serão difíceis e irão requerer enormíssima entreajuda por parte dos novos empossados, para que a verba contratualizada de “duzentos e vinte mil euros/ano com que a Câmara Municipal comparticipa” no dia-a-dia da Associação possam ser menos importantes a médio prazo, por conta de uma gestão eficiente que consiga dar um novo fôlego à esta problemática.

Este Sábado foi o primeiro dia do resto da vida da Associação de Bombeiros Voluntários de Mira e, cientes da enormíssima responsabilidade que agora assumiram, Cristina Rocha e os seus vão trabalhar arduamente para restabelecer a credibilidade que, de quando em quando, foi sendo diminuída.

Os próximos meses serão de trabalho, muito trabalho. Aliás, ele, na verdade, já começou: pouco depois de tomarem seus lugares, os novos dirigentes já tiveram a sua primeira reunião e, não foi para celebrar… mas sim, para agir!

Jornal Mira Online

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QUEM TOMOU POSSE:

Assembleia-Geral

Presidente: Manuel Simões Monteiro

Vice-Presidente: Paulo Jorge da Rocha Gabriel

Secretário: Paula Cristina Oliveira Mingatos

Suplente 1: José de Miranda Frajuca

Suplente 2: Sandra Margarida Santos Pereira

Conselho Fiscal

Presidente: Fernando de Miranda Almeida

Vice-Presidente: Maria Leonor Paiva Domingues

Secretário-relator: Fernando Jorge dos Santos Bastos

Suplente 1: José António Santos Rua

Suplente 2: António Aquiles Ribeiro Cainé

Direção

Presidente: Cristina Maria Simões de Jesus Rocha

Vice-Presidente: Sara Catarina Campos Paião

Secretário: Albano Manuel Ribeiro Lourenço

Secretário-adjunto: Cátia Sofia Gonçalves Martins Pacheco

Tesoureiro: Miguel Alexandre de Tavares e Cruz

Vogal: Rui Jorge Faria Pessoa Figueiró

Vogal: Luís Nuno Rosmaninho Neto

Suplente 1: Susana Cristina Gonçalves Estevão

Suplente 2: Maria Emília Domingues Santos

Suplente 3: Nuno Miguel Miranda Pimenta