O ataque à estação de comboios de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, fez pelo menos 50 mortos e mais de uma centena de feridos. A Ucrânia acusou a Rússia, mas os russos negaram qualquer envolvimento no ataque porque, segundo eles, “não tinham missões de fogo planeadas em Kramatorsk” a 8 de abril. “Salientamos que os mísseis tácticos Tochka-U – um míssil transportável que, dependendo da sua classe, pode ter um alcance entre 70 e 185 quilómetros – cujos fragmentos foram encontrados perto da estação ferroviária de Kramatorsk e publicados por testemunhas oculares, são utilizados apenas pelas forças armadas ucranianas”, insistiu o ministério da defesa.
Kramatorsk é a principal base militar do exército ucraniano na região. O chefe da administração militar regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko, disse que “milhares de pessoas estavam na estação na altura do ataque com mísseis”.
Para o presidente ucraniano, o ataque a uma estação de comboios em Kramatorsk é a prova de que a Rússia está a “exterminar” a população civil. “A polícia e a polícia de choque estão no terreno. Os russos desumanos não abandonam os seus métodos. Sem força e coragem para se oporem a nós no campo de batalha, exterminam cinicamente a população civil”, acrescentouVolodymir Zelensky.
Há vários dias que as autoridades ucranianas pedem aos cidadãos que vivem no leste do país, especialmente nas regiões do Donbas, para abandonarem o país no meio de indicações de que as tropas russas estão a preparar uma grande ofensiva para as colocar sob o seu total controlo.
Euronews