A Bairrada volta a estar em destaque na conceituada na americana Robert Parker Wine Advocate, publicação que acaba de destacar o ‘Quinta do Ribeirinho Pé Franco tinto 2015’ com 97 pontos, a mais alta pontuação de sempre para um vinho bairradino. O crítico Mark Squires descreve-o como “um Baga monumental”, tendo já sido surpreendido com a colheita de 2011 (96 pontos) e estando já a de 2017 debaixo de olho. De “ponto a ponto”, este néctar do produtor e enólogo Luís Pato vai aumentando a fasquia de qualidade para a região, no panorama da crítica internacional.
O ‘Quinta do Ribeirinho Pé Franco tinto 2015’ é um DO Bairrada, feito apenas da rainha Baga, que, neste caso, tem a particularidade de ser plantada em pé franco, ou seja, em terreno arenoso. Em 1988, com o objetivo de mostrar o grande potencial e a característica distinta da casta Baga, Luís Pato plantou videiras não-enxertadas em solo arenoso, como era habitual até ao último quartel do século XIX. Dado ser plantada em “Pé Franco”, esta vinha tem uma produção de 800 kgs por hectare, ou seja, de apenas um cacho por cepa, aproximadamente!
Prestes a ser lançado, há 2300 garrafas standard (750ml), com um preço de venda ao público recomendado de €130,00. Há apenas 50 garrafas magnum e 50 de três litros. Esta edição medeia duas décadas entre a primeira colheita, 1995, sendo que é um vinho que é produzido apenas em anos excecionais. A colheita anterior foi a de 2012.
Um Baga fermentado em tonel, durante 10 a 12 dias, e estagiado em barricas novas de carvalho francês, de 500 litros, durante 24 meses. Foi engarrafado há quase dois anos, precisamente em Maio, no dia 26. Um vinho que tem descritores aromáticos de framboesa, violetas, pinheiro, eucalipto e resina. Na mesa pede carnes vermelhas e caça, assadas ou fritas e com sabores picantes ou salgados.
Mark Squires ficou deslumbrado com a colheita de 2011, mas, agora, ao provar o ‘Quinta do Ribeirinho [Baga em] Pé Franco tinto 2015’, considera-o mais impressionante pela sua concentração e estrutura, aliadas a um equilíbrio quase perfeito, conseguido pela acidez e pelos taninos, ainda vincados. O produto vinho tem esta magia: é capaz de surpreender de colheita para colheita, de ano para ano e de dia para dia, mostrando-se melhor a cada prova.