21.06.2025 –
A exposição estará patente até ao dia 30 de Junho de 2025 no Atrium Raul Almeida e recebeu o simbólico nome de “Regresso a casa”. Esta é, na verdade, muito mais do que uma mostra artística. É um feliz reencontro com as raízes, um reencontro entre conterrâneos e, acima de tudo, um testemunho de vida e de coragem criativa.
Nitael, artista natural da Figueira da Foz, regressou a Portugal há cinco anos, depois de ter passado um quarto de século em Londres, onde se estabeleceu e viveu intensamente. “A ideia era ir e voltar, mas a vida encaminhou-se por outros caminhos e fui ficando…”, partilha com naturalidade. Formado em engenharia civil, acabaria por trocar a técnica pelo sonho, deixando a estabilidade profissional para se dedicar em pleno à arte — paixão de sempre. “Quando senti estabilidade suficiente, larguei tudo e vim atrás do meu sonho”, afirma.
Durante os 10 anos em que viveu efetivamente no Reino Unido, Nitael percorreu várias cidades por motivos profissionais, mas foi em Londres — “a capital mundial da arte”, como a descreve — que se inspirou e desenvolveu a sua linguagem artística.
A exposição conta ainda com a participação de João Leal, também ele figueirense e também com passagem marcante por Londres. O reencontro entre os dois artistas aconteceu por acaso, numa estação de metro da capital britânica. “Estava à espera do metro e, de repente, lá estava o meu conterrâneo, que também fazia arte e também vivia em Londres… e nós sem sabíamos que estávamos, ambos, na mesma cidade! Foi uma feliz coincidência”, conta João, entre risos.
Presente na inauguração da mostra, Artur Fresco, Presidente da Câmara Municipal de Mira, mostrou-se visivelmente satisfeito com mais esta iniciativa cultural: “Esta é mais uma excelente exposição que vem enriquecer o nosso concelho. O Átrium Raul Almeida tem vindo a afirmar-se como um espaço de excelência para a cultura e para a arte.” O autarca destacou ainda a versatilidade do local — que combina galeria coberta, espaço aberto e anfiteatro — e a sua proximidade às escolas, o que favorece o contacto dos mais jovens com o mundo artístico.
“Regresso a Casa” é, pois, mais do que uma exposição. É um testemunho de como o mundo pode ser pequeno para quem sonha grande — e de como o regresso às origens pode ser, também, uma forma de recomeçar.
Jornal Mira Online
Vale a pena ver a arte exposta no vídeo abaixo!