Ativistas climáticos serão presentes a juiz

04.10.2023 –

Os 11 ativistas climáticos do movimento Climáximo, que na terça-feira de manhã encetaram um bloqueio à Segunda Circular, em Lisboa, em plena hora de ponta, no sentido Benfica-Aeroporto, vão ser hoje presentes a juiz, pelas 10h00, no Campus de Justiça, em Lisboa.

À saída da esquadra de Benfica, para onde foram levados depois de detidos, esclareceram que não conheciam os crimes de que estavam acusados, admitindo que o mais provável é que respondam por desobediência e perturbação da ordem pública.

Parámos de consentir com uma normalidade que mata mais pessoas a cada dois dias do que o que morreram em Pedrogão Grande, nos incêndios. Acompanharemos quem queira parar com este genocídio”, continuou o ativista, assegurando que ações deste género continuarão a acontecer.

 

Nove dos ativistas detidos, que tinham estado a cortar a Segunda Circular, foram levados por uma viatura da unidade especial da polícia, sendo que os dois pendurados no viaduto acabaram por ser retirados pelas autoridades, em particular os Bombeiros Sapadores de Lisboa, e detidos.

Foram mobilizados para o local várias ambulância do INEM, dois carros dos Sapadores Bombeiros de Lisboa com mais de 10 operacionais, quatro carros da unidade especial de polícia e cinco operacionais da Equipa de Prevenção e Reação Imediata (EPRI) do comando metropolitano da PSP de Lisboa.

O local onde os ativistas cortaram a Segunda Circular fica mesmo em frente à sede da Galp, empresa que o coletivo acusa de ser uma das maiores culpadas por “milhares de mortes e deslocamentos”.

O movimento Climáximo acusa igualmente o Governo português e outras empresas de terem declarado guerra a todas as pessoas e ao planeta.

Executive Digest

Imagem: Uninter