Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou relatório de gestão de 2014

A Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou o relatório de gestão da autarquia relativo a 2014, com 27 votos a favor e seis contra. A votação ocorreu na sessão do passado dia 30 de abril, conduzida pelo presidente do plenário, José Maria Maia Gomes, e com a presença do líder do executivo camarário, João Moura, da vice-presidente da autarquia, Helena Teodósio, e dos vereadores Pedro Cardoso e Júlio de Oliveira.

A apresentação dos documentos de prestação de contas esteve a cargo de Helena Teodósio, que na altura explicou alguns aspetos do modo como a edilidade cantanhedense desenvolveu a sua atividade e aplicou os recursos durante o ano transato. A arrecadação de receita situou-se nos 22,455 milhões de euros, sendo de salientar que a taxa de execução atingiu os 96%, um registo ainda melhor que os 94% de 2013. A este propósito, foi referido que, se com esta última taxa o Município de Cantanhede ficou em 18.º lugar do ranking das autarquias com melhor desempenho a esse nível, é expectável que os 96% de 2014 se traduzam numa posição ainda melhor.

Além disso, os últimos anos têm encerrado com os pagamentos a fornecedores e empreiteiros completamente regularizados, o que se verificou novamente em 2014, ao mesmo tempo que as disponibilidades imediatas de tesouraria se mantêm em montantes bastante superiores à despesa cujo prazo de liquidação ainda não se encontrava vencida. Conforme pode ler-se no relatório de gestão, «o saldo positivo de gerência na ordem dos 2.658,174,54 de euros, evidencia mais uma vez o rigor e o controlo efetivo que o executivo camarário tem feito das variáveis de gestão. A boa situação da tesouraria adquire especial significado à luz da conjuntura de crise que o país viveu, tanto mais que,  à semelhança do sucedido em anos anteriores, a autarquia voltou a reduzir o seu endividamento no bastante apreciável montante de 3,4 milhões de euros, descontando-se daqui a verba destinada à constituição do Fundo de Apoio Municipal».

Outro aspeto enfatizado pelo executivo liderado por João Moura é o aumento da poupança. Em 2014, registou «um assinalável “Superavit Corrente” de 6.156.045,79 euros, montante que, segundo a fundamentação da respetiva rubrica, foi canalizado para o investimento em despesas de capital, de modo a expandir e dotar os serviços públicos autárquicos de condições que permitam promover e expandir o bem-estar económico e social da comunidade.

Esta é, de resto, uma tendência que tem vindo a consolidar-se desde há alguns anos e que em 2013 atingiu também uma assinalável expressão, com um aumento da poupança na ordem do 72%, ao atingir um valor superior a 5,3 milhões de euros, superando em cerca de dois milhões de euros os resultados alcançados no final de cada exercício dos melhores anos a este nível.

O texto introdutório ao Relatório de Gestão de 2014 refere que a elaboração do documento obedeceu a princípios do rigor e da transparência na explicação detalhada do impacto financeiro das políticas seguidas e das opções tomadas, fazendo uma análise tão exaustiva quanto possível das variáveis consideradas.