APCC e projeto “RunFree” proporcionaram estreia na tricicleta a uma dezena de crianças

Cerca de dez crianças e jovens entre os 4 e os 13 anos, utentes de várias respostas da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), experimentaram pela primeira vez, no último sábado, as sensações de correr numa tricicleta, durante o evento “Corro com Asas nos Pés”, que teve lugar na pista de atletismo do Estádio Cidade de Coimbra.

Ao longo de toda a manhã, sucederam-se as corridas e os sprints, com os participantes a encontrarem a melhor forma de correr na tricicleta – que é o nome do veículo, mas também de uma disciplina em que se corre com os pés, sentado num equipamento com três rodas e três apoios.

Sempre atentos, e prontos a prestar todo o apoio necessário, estiveram profissionais de diferentes áreas na APCC (em particular do Departamento de Educação Física e Desporto, entre os quais a atual selecionadora nacional da disciplina, Ana Nunes), que asseguraram o acompanhamento técnico.

No final, foi unânime a opinião de que, além dos benefícios a nível motor, psicológico e social, esta é também uma atividade desportiva muito divertida, em particular para os mais pequenos. Proporcionar essa descoberta era, aliás, um dos objetivos desta iniciativa, enquadrada no projeto europeu “RunFree”, bem como a identificação de potenciais novos atletas.

O evento “Corro com Asas nos Pés” foi organizado pela APCC, com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra, da Federação Portuguesa de Atletismo, da Associação Distrital de Atletismo de Coimbra e da Paralisia Cerebral – Associação Nacional de Desporto (PCAND).

A tricicleta é uma vertente do atletismo adaptado dirigida a pessoas com paralisia cerebral e deficiências motoras que afetem o movimento ou o equilíbrio, que se desloquem em cadeira de rodas ou que não tenham uma corrida funcional a pé. O projeto “RunFree: RaceRunning – Speed and Freedom for All” – em que a APCC tem como parceiros entidades da Alemanha, Dinamarca e Escócia e a principal associação internacional de desporto para pessoas com paralisia cerebral – pretende projetá-la como um dos desportos ou atividades recreativas com mais praticantes em todo o mundo.