De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê-se a continuação de condições meteorológicas adversas até à próxima 2.ª feira, dia 11 de janeiro, salientando-se:
Continuação de tempo frio;
Vento forte no litoral e terras altas;
Formação de gelo ou geada, em especial no interior;
Precipitação na região Sul e queda de neve a cotas baixas
Face a este quadro meteorológico, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
Intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras;
Incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos;
Eventual formação de gelo em troços de estradas com ensombramento permanente;
Aumento do risco associado ao trafego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo;
Necessária especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo;
Aumento do desconforto térmico na população em especial pela conjugação da temperatura mínima baixa e do vento intenso.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção
para estas situações, nomeadamente:
A nível da proteção individual:
Que se evite a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura;
Manter o corpo quente, através do uso de várias camadas de roupa, folgada eadaptada à temperatura ambiente;
A proteção das extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e calçado quente e antiderrapante;
A ingestão de sopas e bebidas quentes, evitando o álcool que proporciona uma falsa sensação de calor;
Especial atenção com a proteção em termos de vestuário por parte de trabalhadores que exerçam a sua atividade no exterior, e evitar esforços excessivos resultantes dessa atividade;
Acautelar a prática de atividade física no exterior, prestando atenção às condições do piso para evitar quedas;
Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo).
A nível da proteção coletiva:
Especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte;
Que se assegure uma adequada ventilação das habitações, quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras;
Que se evite o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar;
Que se tenha em atenção a condução em locais onde se forme gelo na estrada, adotando uma condução defensiva;
Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.