A vigilância móvel da floresta no concelho de Anadia terminou com um balanço francamente “positivo”. A operação de vigilância decorreu, durante três meses, entre 1 de julho e 30 de setembro, tendo a mesma sido assegurada por três associações das freguesias de Avelãs de Cima, Moita e Vila Nova de Monsarros, respetivamente Associação de Apoio Florestal e Ambiental de Avelãs de Cima, Associação de Voluntários de Ferreiros e Associação Cultural e Recreativa de Algeriz, através de um protocolo de colaboração firmado com o Município de Anadia e as respetivas Juntas de Freguesia.
O Coordenador Municipal da Proteção Civil, Bruno Almeida, frisa que, apesar do corrente ano ter apresentado “condições propícias à ocorrência e rápida propagação de incêndios florestais”, o trabalho desenvolvido, no âmbito da vigilância e prevenção, “mostrou-se frutífero, refletindo-se na salvaguarda do património florestal do concelho de Anadia”.
Sublinha ainda que “a boa articulação entre a Proteção Civil Municipal, GNR, Bombeiros e as Associações permitiu uma rápida deteção e domínio de focos de incêndio nascentes, quer pelo patrulhamento ativo quer pelo trabalho dissuasor de comportamentos de risco relacionados com o uso do fogo nos espaços rurais”.
O responsável da Proteção Civil Municipal assegura que “embora já tenha passado o período mais preocupante, em termos meteorológicos, estas instituições permanecerão articuladas e ativamente envolvidas na proteção dos espaços florestais”.
A presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, destaca o bom trabalho de vigilância levado a cabo pelas diferentes associações concelhias, em articulação com a Proteção Civil Municipal, GNR e Bombeiros Voluntários, salientando que “o verão foi calmo”, uma vez que não houve registo de ocorrências significativas que exigissem uma intervenção “mais musculada” por parte dos Bombeiros Voluntários. Os focos de incêndios que aconteceram no concelho foram muito pontuais.
Maria Teresa Cardoso considera que o facto de ter havido “uma vigilância mais próxima”, por parte das equipas que se encontravam no terreno, de certa maneira também “contribuiu para que não se tenham registado ocorrências de maior dimensão”.
Para além do elemento dissuasor, a edil realça ainda o trabalho dos vigilantes, no que respeita à prevenção e sensibilização efetuado, junto da comunidade local para as melhores práticas, na limpeza dos terrenos, contribuindo assim para a segurança das populações e das aldeias mais afastadas.
Ainda no campo da vigilância florestal a responsável máxima do Município de Anadia congratula-se com o facto de o Posto de Vigia do Moinho do Pisco, na freguesia de Avelãs de Cima, ter sido integrado este ano na Rede Primária Nacional de Postos de Vigia, reforçando assim a vigilância florestal em Anadia e nos concelhos limítrofes, durante um período mais alargado. De salientar que este posto de vigia, da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana, ainda se encontra ativo até ao próximo dia 6 de novembro.
A autarca Maria Teresa Cardoso deixa ainda uma palavra de agradecimento e reconhecimento público a todos os elementos das equipas de vigilância e às próprias associações florestais pelo empenho que demonstraram, ao longo destes três meses, bem como a todas as restantes entidades que de forma, direta ou indireta, estiveram envolvidas nesta operação de vigilância.
De recordar que o Município de Anadia atribuiu às associações envolvidas neste programa de vigilância um apoio financeiro total de 48 mil euros, tendo ainda disponibilizado as viaturas motorizadas, combustível, comunicações, equipamentos de identificação e proteção individual, entre outro tipo de equipamentos de apoio para a boa execução da vigilância.
De salientar que, durante a época de incêndios, a vigilância é, em termos operacionais, a atividade mais importante e com maior peso na minimização da área ardida. Uma vigilância bem coordenada, que permita uma articulação perfeita de todos os meios humanos e materiais facilita a primeira intervenção e, consequentemente a extinção do incêndio. A vigilância dos espaços rurais visa contribuir para a redução do número de ocorrências de incêndios rurais, identificando potenciais agentes causadores e dissuadindo comportamentos que propiciam a ocorrência de incêndios.