25.6.2023 –
A invasão desta zona da costa, esta semana, afetou, sobretudo, praias entre Albufeira e Portimão. Só no Carvoeiro, numa extensão de cerca de 90 metros, foram retiradas 300 toneladas.
Já está a ser uma dor de cabeça em alguns municípios do Algarve, mas tudo indica que irá tornar-se num problema nacional. Uma alga japonesa, altamente invasora, está a cobrir o fundo rochoso de algumas das mais emblemáticas praias do Algarve.
Este sábado de manhã já se conseguia chegar à água, depois de recolhidas da rebentação as algas que nalguns casos chegaram a acumular-se a até um metro e trinta de altura.
É a segunda vez, desde setembro, que o Algarve regista arrojamentos desta dimensão da macroalga japonesa.
A invasão desta zona da costa, esta semana, afetou, sobretudo, praias entre Albufeira e Portimão. Em carvoeiro, numa extensão de cerca de 90 metros, foram retiradas 300 toneladas. Na parte menos afetada havia 60 centímetros de altura de algas e na pior chegava acima da cintura de um adulto.
Em setembro tinham sido retiradas 400 toneladas
Já em setembro, na mesma praia, tinham sido retirados 40 camiões carregados com 400 toneladas de algas. Uma espécie bem diferente dos habituais sargaços que vão e vêm com as marés.
O sinal vermelho foi levado a sério pela Câmara de Lagoa que criou um grupo de trabalho para estudar a espécie invasora e trabalhar em medidas de mitigação. A Universidade do Algarve e parceiros locais estão também envolvidos.
Espanha que já lida com o problema há mais tempo, prevê que uma larga extensão de Portugal venha a ser afetada. A alga afasta da costa os polvos e várias outras espécies, além de impedir a faina regular.
Limpeza custa milhares de euros
Para limpar a praia a autarquia de Lagoa terá gasto cerca de 10 mil euros em maquinaria e as 300 toneladas, se tiverem de seguir para aterro, irão custar cerca de 24 mil euros. A indústria ainda não tem soluções para transformação e aproveitamento desta espécie
Com a noção de que a alga invasora veio para ficar e se está a espalhar, o problema terá de ter uma resposta nacional. Enquanto isso, sempre que houver sueste ou sudoeste, no Algarve, o arrojamento da alga japonesa nas praias mais rochosas é quase certo.