“Abate de pinheiros saudáveis na Tocha” faz Câmara de Cantanhede questionar INCF

Para o Município, a “decisão afeta parque de merendas”

Em comunicado enviado à redação, a CM Cantanhede diz-se “surpreendida, durante a tarde de ontem, com o abate de pinheiros centenários saudáveis no parque de merendas das Berlengas”, sendo que, segundo a autarquia, “a ordem foi dada pelo ICNF, que há mais de dois anos ainda não respondeu à autarquia, que havia pedido autorização para fazer a limpeza dos pinheiros queimados no incêndio de 2017”.

Helena Teodósio, a edil cantanhedense, confessa que “é lamentável o que se passou, porque não fomos avisados previamente e os nossos serviços têm andado a monitorizar a zona por causa da queda de pinheiros” frisando que“o INCF devia ter tomado a decisão de fazer uma limpeza aos pinheiros que apresentam perigo para as pessoas e não estes que estavam saudáveis”.

A autarquia afirma, ainda, que no “início do mês de julho, enviou um alerta para situações graves ao longo da ciclovia de acesso à Praia da Tocha, onde existem pinheiros secos que, diariamente, vão caindo para os locais onde passam pessoas, colocando em risco a segurança de todos os utilizadores.

Não compreendendo a “ausência de respostas às comunicações que vão saindo da Câmara Municipal”, Helena Teodósio exige uma explicação por parte dos responsáveis do ICNF: Queremos uma resposta clara a esta situação, até porque a Câmara e a Junta de Freguesia, ao contrário do que fazem circular, não tiveram responsabilidades neste assunto e é exigido que a instituição venha esclarecer este atentado ambiental, ainda para mais em plena época balnear e quando o parque de merendas até estava a ser utilizado por muitas pessoas”. Para além disto, a autarca garante que a Câmara que preside vai “até às últimas consequências para obtermos uma resposta séria e credível, porque o que fizeram é um sinal de desleixo, incompetência e um autêntico ataque ambiental”.

Por fim, e reiterando “ir até onde for preciso para ter uma resposta oficial do ICNF ou do Estado sobre esta matéria” Helena Teodósio afirma que este ato “delapidou um parque de merendas que, entre a primavera e o verão, é utilizado por milhares de pessoas”.