14.1.2023 –
António Costa promete maior estabilidade para professores e garante que é uma “fantasia” a ideia que contratação passaria para a alçadas das autarquias.
Em dia de manifestação dos professores, o primeiro-ministro insiste que nunca esteve previsto a contratação de professores passar para a alçada das autarquias. António Costa diz mesmo que é uma fantasia.
“Em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração dos concursos”, o líder do Executivo considera “uma óbvia fantasia” a ideia de que, na sequência do processo de descentralização, “haveria uma transferência de competências” em matéria de pessoal docente no que respeita à contratação ou à gestão em termos de funcionamento.
Mas temos de olhar seriamente para a forma como muitos dos professores exercem a sua atividade desde há muitos anos. Por isso, no programa do Governo está previsto um novo modelo de vinculação. Abrimos negociações nesse sentido, as negociações prosseguem para a semana e temos três objetivos principais nessas negociações, tendo em vista um acordo” com os diferentes sindicatos, afirma.
O secretário-geral do PS coloca como prioridades a vigência de um modelo que reforce a vinculação e combata a precariedade dos professores.
Queremos acabar com algo que se arrasta há décadas, em que o professor tem de andar com a casa às costas até ficar definitivamente vinculado. Temos de adotar um regime que é normal em todas as carreiras: não pode haver concursos obrigatórios de cinco em cinco anos. As pessoas estão colocadas no seu posto de trabalho e só saem de lá se desejarem e quando houver vaga noutro lugar”, defende.
Milhares de professores de todo o país estão este sábado concentrados em Lisboa, numa manifestação em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração dos concursos.
Segundo números da polícia, mais de 20 mil pessoas iniciaram pouco depois das 15:00 de hoje uma marcha da Praça do Marquês de Pombal para a Praça do Comércio, em Lisboa. O coordenador nacional do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), André Pestana, fala em mais de 100 mil pessoas.
SIC Notícias