2,8% dos europeus não se identifica como homem ou mulher

Um novo estudo da Mastercard focado na comunidade não-binária conclui que 2,8% dos europeus não se identifica como homem ou mulher. Os dados demonstram também que 5,3% dos inquiridos pertencentes à Geração Z afirma ser não-binário.

A investigação da insígnia financeira foi realizada no âmbito da iniciativa True Name, lançada em 2019, que prevê uma maior inclusão das pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+ nos processos bancários, como, por exemplo, a alteração do nome no cartão.

A Mastercard inquiriu cerca de 16 mil indivíduos de 16 países europeus, incluindo Portugal, e mais de um terço (35%) revela que acha desagradável quando alguém se dirige a si utilizando um género específico e 34% sente o mesmo em relação aos cartões de identificação e cartões bancários.

Os dados demonstram que 74% das pessoas não-binárias já sofreu de bullying, foi discriminada ou verbalmente abusada ou maltratada. Além disso, 63% diz não se sentir seguro quando sai de casa, 51% não se sente seguro na sua própria casa e 44% sente-se frequentemente deprimido.

«Acho que é importante que a sociedade progrida no sentido de aceitar as pessoas que não se encaixam no que é considerado a norma», afirma um dos inquiridos no estudo. Neste sentido, 37% de todos os consumidores acha desnecessário que a empresa questione o seu género, 57% crê que é importante as organizações abordarem os consumidores de forma que respeite a sua identidade e 66% não se importa com o crescente número de empresas que utiliza soluções neutras para se dirigir aos consumidores.

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