Nuno Janeiro: «Todas as produções deixam a sua saudade, até porque trabalhamos sempre com pessoas fantásticas.»

Nuno Janeiro é um jovem modelo e ator português. Nascido em Abrantes, foi viver com a sua família para Lisboa aos 6 anos de idade. Mas, foi já com 25 anos, que iniciou a sua carreira como modelo.

Aos 27 anos, é a vez de Nuno dar cartas na área da representação. Iniciou-se na série Morangos Com Açúcar (4ªtemporada), interpretando o papel de Sam. Daqui para a frente, o percurso deste ator a nível televisivo só tem vindo a crescer. Novelas como Fascínios, Flor do Mar, Mar de Paixão, A Família Mata, Laços de Sangue e Bem Vindos a Beirais, são marcos importantes na carreira do ator.

Nesta entrevista, Nuno Janeiro fala-nos do seu percurso enquanto ator assim como da forma como a moda entrou na sua vida.

 

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O que te satisfaz mais profissionalmente: a moda ou a representação?                        

Atualmente faço mais representação, apesar de ambos me darem um enorme prazer. São dois trabalhos completamente diferentes um do outro. Posso dizer que me satisfazem bastante os dois. Não me esqueço das minhas origens e enquanto puder, a moda vai estar sempre presente.

Entraste para o mundo da televisão aos 27 anos. A experiência de vida que se tem nessa idade trouxe-te vantagens no teu percurso?

Sim, posso dizer que sim, e apenas posso falar por mim. Não sei como seria se fosse mais novo, mas permitiu-me estar sempre focado naquilo que queria e quero. Há sempre muita coisa a acontecer e realmente é preciso estar centrado no trabalho, neste caso, se queremos seguir em frente ou não.

Os Morangos Com Açúcar mostraram-nos a tua veia de ator por trás do Nuno Janeiro modelo. Na série interpretaste uma personagem em cadeira de rodas, Sam. Que trabalho individual fizeste para conseguires encarnar esta personagem de forma tão real?

As personagens são todas especiais. Ao público, existem umas que marcam mais que outras. O caso de Sam é especial porque envolvia uma mensagem muito forte, tive a sorte de conhecer o Nuno Vitorino, um grande homem e um exemplo de vida para todos. Ele mostrou-me os dois lados, tanto físico como psicológico e vim a descobrir que o Sam era muito parecido com ele, o que me ajudou bastante.

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Pensar na série televisiva da TVI remete-te, certamente, para quando a tua carreira televisiva decolou. Do que sentes mais saudades dessa época?

Certamente sinto saudades de sermos todos muito novos e estarmos a embarcar numa aventura que nenhum de nós sabia como ia acabar. Felizmente, tenho um trabalho que permite andar sempre a descobrir coisas novas. Todas as produções deixam a sua saudade, até porque trabalhamos sempre com pessoas fantásticas.

O que é mais difícil no teu trabalho: construir as personagens ou “desapegares-te” delas?

Sem dúvida, construí-las, até porque chega ao fim do dia e a personagem fica no estúdio. Há que saber dividir as coisas e não misturar o trabalho com a vida pessoal.

Ao longo de todos estes anos certamente tiveste momentos menos bons na tua carreira. Qual foi a fase mais complicada pela qual passaste?

Não tenho nenhuma fase menos boa. Felizmente, sempre pude dar continuidade ao meu trabalho e ter o carinho de todas as pessoas que me seguem.

Relativamente à moda, és modelo desde os 25 anos. Como é que tudo aconteceu e como é que isto te levou ao universo televisivo?

Iniciei-me na moda através de um amigo meu. Curiosamente, trabalhei muito logo desde início, quer em comerciais, quer em desfiles. Com os comercias comecei a ganhar o gosto pelas câmeras, então pedi que quando houvesse castings para televisão me avisassem. E foi assim que entrei no mundo da televisão.

Também é possível ser-se ator enquanto se desfila?

O bom do desfile é que podemos ser quem quisermos. É o nosso momento e é a adrenalina desse momento.

Para finalizar esta entrevista, fala-nos um pouco acerca dos teus projetos futuros. O que podemos esperar de ti e onde te podemos encontrar?

Podem encontrar-me por aí (Risos). O segredo é a alma do negócio mas posso garantir que não se livram de mim tão depressa.

 

Por Cátia Sofia Barbosa, aluna de Jornalismo na UC