Detido em Espanha suspeito de roubar milhões de máscaras que vinham para Portugal

Operação policial conjunta entre Portugal e Espanha acaba com detenção de empresário de Santiago de Compostela, suspeito do roubo de material médico que iria ser vendido em Portugal.

Um empresário de Santiago de Compostela foi detido pela polícia espanhola por suspeita do roubo de material médico avaliado em 5 milhões de euros, cuja venda tinha como destino Portugal. Ao que indica a imprensa galega, o material entre o qual estavam milhares de máscaras de proteção, foi roubado de um armazém no polígono industrial de Tambre, na cidade de Santiago de Compostela.

As imagens de videovigilância ajudaram na investigação. Da nave industrial da empresa Oxidoc foram roubados, além das máscaras do modelo FFP2, outros bens muito procurados em tempo de pandemia da Covid-19. Desde luvas cirúrgicas, a fatos de proteção até álcool. A empresa espanhola em causa, explica a imprensa local, estava em insolvência.

A polícia teve de pedir ao administrador de insolvência para aceder ao interior da nave da empresa, onde confirmou que todo o material tinha sido roubado. Para trás ficaram apenas as caixas, para que assim não fosse possível detetar qual a origem dos bens que tinham como destino o mercado português. No armazém ficaram também cerca de mil máscaras, armários de remédios e botas.

Para já, as autoridades espanholas desconhecem o exato momento em que o roubo aconteceu, mas há a suspeita de que este ocorreu já quando a pandemia tinha sido decretada e com os seus autores conscientes de que este era material necessário na luta contra o novo coronavírus.

A polícia portuguesa está envolvida na investigação ao caso devido ao forte indício de que o material roubado tenha sido vendido a uma empresa situada no nosso país. Resta agora apurar qual era o destino exato. As imagens de videovigilância revelam a presença do empresário de Santiago de Compostela, agora detido, nas imediações do armazém, bem como o contato com cidadãos portugueses que foram vistos no armazém.

Maria João Costa / RR