Votação do programa do Governo vai ser hoje acompanhada, em S.Bento, por duas manifestações: uma da CGTP, que quer uma viragem à esquerda e a queda do Governo, e outra de apoio ao executivo.
A votação do programa do Governo vai ser hoje acompanhada, em S.Bento, por duas manifestações antagónicas: uma da CGTP, que quer uma viragem à esquerda e a queda do Governo, e outra de apoio ao executivo.
A CGTP-IN promove uma concentração nacional de ativistas e dirigentes sindicais ao início da tarde frente à Assembleia da República (AR) para assinalar “a rejeição do programa do Governo do PSD/CDS e, consequentemente, a sua demissão”.
“Queremos dar força ao que se vai passar na AR, a rejeição do programa do Governo, seguindo o caminho para a queda do Governo e reafirmar a importância de mudar de políticas”, disse à agência Lusa Armando Farias, da comissão executiva da Intersindical.
Com o objetivo contrário vão estar também em São Bento apoiantes do Governo, provenientes principalmente do alto Alentejo.
A ideia desta concentração, que começa duas horas antes da CGTP, foi lançada nas redes sociais pelo líder do CDS de Monforte, Mário Gonçalves, sob o lema “Não a uma moção de rejeição”.
Tiago Abreu, líder da distrital do CDS de Portalegre, disse à Lusa que se trata de “uma manifestação pacífica, que não tem nada a ver com o partido, e que está a ter uma adesão inesperada no Facebook”.
“Muitos ou poucos lá estaremos, mas a expectativa é de que apareça muita gente do Alentejo pois as pessoas mais velhas têm muito presente o que se passou no PREC e não querem que se repita”, afirmou o dirigente centrista.
Os promotores de ambas as concentrações procederam de acordo com a lei e informaram a autarquia lisboeta das concentrações junto ao parlamento, resta saber como é que a polícia, que acompanha sempre as ações de protesto, irá distribuir o espaço dado que as duas organizações pretendem ficar frente à escadaria do Palácio de São Bento.
“Estamos programados para ficar frente à escadaria da Assembleia e esperamos que assim seja, até porque contamos com a participação de 10 mil a 15 mil pessoas”, disse à agência Lusa João Torrado da União dos Sindicatos de Lisboa da CGTP, que há várias décadas trata da organização dos protestos na capital.
O protesto decorre até ao final da votação parlamentar.
Os dirigentes e ativistas sindicais vão aproveitar a oportunidade para reafirmar as reivindicações da CGTP-IN, nomeadamente o aumento dos salários e pensões, o emprego e o combate à precariedade, os direitos e a defesa da contratação coletiva, as Funções Sociais do Estado e da defesa dos serviços públicos e do Sector Empresarial do Estado.
O Sindicato dos Estivadores, que tem uma greve marcada para dia 14, também participa na concentração da CGTP.
Fonte: Lusa