Vigilantes da natureza e GNR detetaram sete infrações e apreenderam 11 armadilhas de caça numa ação de sensibilização e fiscalização que decorreu em várias regiões do país, foi hoje anunciado.
A ação juntou vigilantes do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, e decorreu em parques naturais como o de Montesinho ou da Serra de São Mamede e nos concelhos de Alcoutim e Tavira, envolvendo 170 elementos.
Nos dois dias da ação, quarta e quinta-feira, foram abordadas 372 pessoas, detetadas sete infrações, feito um auto de notícia e apreendidas 11 armadilhas, segundo um balanço hoje divulgado pelo ICNF.
O objetivo, explica o instituto em comunicado, foi “promover a fiscalização e sensibilizar as populações locais através de uma atuação pedagógica e proativa, evidenciando a presença das entidades nos territórios e contribuindo para internalizar, nas populações, a valorização dos valores naturais”.
A ação foi a primeira do género, em que as equipas do ICNF e da GNR atuaram em conjunto mas de uma forma “musculada”, explicou o presidente do Instituto, Rogério Rodrigues.
E incidiu no “furtivismo e práticas ilegais de captura”. Rogério Rodrigues disse à Lusa que o envenenamento, uma das práticas a que foi dada atenção no decorrer das ações, continua a existir, apesar de proibido.
“Muitas vezes as pessoas não sabem que elas mesmo correm risco de vida”, até porque o animal envenenado pode “entrar” na cadeia alimentar e chegar ao homem, salientou.
Ações idênticas vão continuar ao longo do ano e destinam-se, como a de agora, a sensibilizar as populações para a questão do envenenamento ou captura ilegal de espécies protegidas, com laços por exemplo, mas também para questões ligadas ao turismo, incêndios ou atividades agrícolas, entre outras.
Fonte: Lusa