A área que recria os antigos banhos públicos na Viagem Medieval de Santa Maria da Feira vai abrir, a título excecional, na manhã de terça-feira, para acolher apenas elementos do staff do evento. São 2000 pessoas que, por uma manhã, passam de funcionários a visitantes.
Conhecida como “Banhos de S. Jorge”, a área temática propõe aos visitantes um circuito de relaxamento junto ao lago e às grutas artificiais da Quinta do Castelo que, decorada para o efeito com tendas em tule branco e várias áreas de estadia com almofadas e bancos em dossel, propõe sob as árvores um circuito com direito a chá, dança, música ao vivo e banho pulverizado aos pés.
A administradora das Termas de São Jorge – entidade que gere os “Banhos” – explica que, apesar do tratamento privilegiado que existe para quem trabalha no evento, nomeadamente com preços mais convidativos, “todos os anos há pessoas que nos pedem para funcionar num horário diferente porque, quando abrimos ao público, já elas estão também a desempenhar as suas funções na Viagem e, à hora a que saem, também nós estamos a fechar”.
Para satisfazer os trabalhadores, esta terça-feira, das 10h30 às 13h00, vão poder “conhecer o espaço mais relaxado do recinto e, como nessa altura já tivemos seis dias de Viagem, é uma boa altura para virem curar as suas maleitas e recuperar energias para os outros seis que ainda faltam”, realçou Teresa Vieira.
Para além do bano pulverizado incluído no circuito normal, haverá também descontos para aqueles que requisitarem serviços mais completos, entre os quais se encontram penteados medievais e massagens às pernas, às costas ou de corpo inteiro, realizados pelos massagistas e terapeutas das próprias Termas de S. Jorge.
Teresa Vieira admite, aliás, que a Quinta do Castelo ganha por estes dias a reputação de “enfermaria da Viagem”, na medida em que funciona como um oásis de tranquilidade entre o burburinho geral do recinto e “ajuda a retemperar as forças” despendidas no evento, seja por parte de quem nele trabalha ou de quem o visita.
“A maior parte das pessoas que nos procuram são visitantes que querem fazer uma pausa na confusão, mas também temos cá muitos regatões e bailarinos”, contou a administradora das Termas.
Mais raro, mas também mais elogiado é um exemplo que muitos trabalhadores gostariam de ver replicado com maior frequência: “O caso de um patrão que estava a explorar uma taberna na Viagem e que cá trouxe de surpresa as suas funcionárias para lhes oferecer um circuito com massagem às pernas”.
No registo normal, os Banhos de S. Jorge funcionam diariamente entre as 15h00 e as 00h00, com a última entrada a ser admitida às 23h30. Procuram retratar “as práticas ancestrais associadas ao termalismo, num ambiente de repouso e relaxamento ao som de melodias de harpa e performances de dança”.