O candidato presidencial do Chega acusou hoje o seu concorrente e atual chefe de Estado de cobardia por preferir a extrema-esquerda aos partidos de direita, pedindo a intervenção do presidente do PSD, Rui Rio.
André Ventura referia-se ao facto de Marcelo Rebelo de Sousa ter assumido hoje, num debate a seis promovido pelas principais rádios portuguesas, que exigirá um acordo por escrito no caso de se proporcionar um futuro Governo ou acordo de incidência parlamentar com a participação do partido da extrema-direita parlamentar.
O líder nacional-populista instou ainda o líder social-democrata, Rui Rio, a tomar uma posição sobre o assunto “ainda esta tarde”, uma vez que Marcelo não exigiu o mesmo tipo de formalidade à denominada “geringonça” em 2015 (PS, BE, PCP e “Os Verdes”), num comício em tempo de confinamento, que juntou cerca de 50 pessoas num restaurante em frente à praia do Coral, Viana do Castelo.
Ventura lamentou ainda que as rádios não tivessem permitido a sua participação no debate matinal por videoconferência, ao contrário do que sucedeu no debate televisivo a sete na RTP, quando o Presidente da República participou virtualmente por estar sob suspeita de infeção pelo novo vírus SARS-Cov-2.
Para Marcelo tudo, para André Ventura nada”, insurgiu-se.
As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal em 24 de janeiro, a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro.
Há outros seis candidatos: o incumbente Marcelo (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e “Os Verdes”), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva (“Tino de Rans”, presidente do RIR – Reagir, Incluir, Reciclar).
Lusa