Cerca de dezena e meia de crianças do ATL do Centro Social e Polivalente de Ourentã e outras que se quiseram associar à atividade participaram na primeira sessão da oficina de expressão plástica subordinada ao tema natalício, que decorreu em 21 de dezembro, na Biblioteca Municipal de Cantanhede.
Intitulada “Vamos fazer um enfeite de Natal”, a iniciativa esteve a cargo do artesão Ulisses Sardão Teixeira que propôs aos jovens artistas a execução de enfeites de Natal, designadamente porta-chaves e outras lembranças partir de pequenos bocados de madeira obtidos de troncos e ramos de árvores. O evento serviu para relembrar a importância da reciclagem e da reutilização dos desperdícios naturais de forma criativa como forma de preservar o meio ambiente, evitando o consumismo exacerbado e diminuindo drasticamente a poluição.
“Vamos fazer um enfeite de Natal” decorreu seguindo as regras estabelecidas pela Direção-Geral da Saúde em tempo de pandemia, nomeadamente as normas de etiqueta respiratória, com o uso obrigatório de máscara de proteção e de distanciamento social, para além da obrigatoriedade de desinfetaram regular das mãos, por parte de todos os participantes.
Sobre Ulisses Teixeira
Ulisses Sardão Teixeira nasceu em 1974, na Gesteira. Carpinteiro de profissão, possui uma quinta biológica, dedicando-se, igualmente, à apicultura. Tem como passatempos a curiosidade e a habilidade manual. Desde muito cedo se revelou observador da forma como os outros trabalhavam e realizavam as suas tarefas, tentando em seguida fazer igual.
Ulisses Sardão Teixeira considera que o gosto pelo trabalho artístico da madeira lhe foi incutido pelo seu avô, “homem dos sete ofícios”: mestre de obras, fazia casas, desde a confeção dos adobes até aos acabamentos finais, era agricultor, músico autodidata, entre outras habilidades que tinha. Com o avô, ele aprendeu muito do que hoje é a sua profissão, a carpintaria, e também a ser criativo e persistente no trabalho
Com um marcado gosto pela criação artística, Ulisses Sardão Teixeira executa ele próprio os trabalhos que projeta: mobiliário, peças decorativas ou objetos de arte em madeira, espelhando em todos eles habilidade e imaginação. Muitas das peças por si executadas foram esculpidas a partir de troncos e madeiras que apanhou em praias e florestas. Nestes cenários naturais recolhe paus, troncos, raízes e penas de aves marítimas para, mais tarde quando surgirem ideias, os transformar em bonitas criações artísticas. O artesanato em madeira, material que o fascina, é uma paixão que lhe permite dar vida a novos e belos objetos.