A Universidade do Minho decidiu suspender todas as atividades pedagógicas no ‘campus’ de Gualtar, em Braga, após a confirmação de que um estudante está infetado com o novo coronavírus, responsável pela doença Covid-19.
Num despacho deste sábado, a Universidade do Minho (UMINHO) determinou a suspensão das “atividades pedagógicas no campus de Gualtar”, dos “eventos e atividades desportivas”, e o encerramento dos “serviços de bibliotecas e as unidades alimentares” no campus de Gualtar. Para além disso, é também suspensa “a realização de conferências, seminários, cerimónias e eventos de natureza similar” naquele local.
Já o edifício do Instituto de Ciências Sociais — Edifício 15 do campus de Gualtar — será mesmo encerrado.
Estas são algumas das medidas anunciadas após a confirmação de um caso de Covid-19 na comunidade universitária deste campus.
No despacho, a instituição sublinha “a necessidade de a Universidade assumir uma posição que contribua ativamente para
a prevenção e o controlo da COVID-19” para justificar as medidas, que incluem determinam ainda que “não são autorizadas, a partir de hoje, deslocações em serviço; são suspensas as deslocações em serviço que tenham sido previamente autorizadas”.
Já os “professores, investigadores, trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão e estudantes oriundos de países com casos confirmados de Covid-19 devem voluntariamente submeter-se a um período de quarentena, de 14 dias, após a sua chegada ao país”, diz o despacho, divulgado na página online daquela academia.
Após a revisão em alta do número de infetados em Portugal com o novo coronavírus — SARS-CoV-2 —, responsável pela doença Covid-19, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou o encerramento de uma escola de Idães, em Felgueiras, do edifício do curso de História da Universidade do Minho, e dos edifícios do complexo onde funcionam o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia (FFUP), ambos da Universidade do Porto.
“Identificámos que casos recentemente confirmados como Covid-19 estiveram em instituições de ensino, elevando o risco de transmissão nessas instituições”, disse a ministra da Saúde, Marta Temido, numa conferência de imprensa conjunta com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
“Assim, a autoridade nacional e as autoridades regionais de saúde recomendaram tecnicamente o encerramento da Escola Básica e Secundária de Idães em Felgueiras, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, do ICBAS [Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, também da Universidade do Porto], e do edifício onde funciona o curso de História da Universidade do Minho”, precisou Marta Temido.
A ministra acrescentou que as autoridades de saúde estão neste momento a avaliar “se outras medidas serão necessárias”.
Estas medidas foram anunciadas depois de ter sido divulgada a confirmação de 21 casos de infeção com o novo coronavírus em Portugal.
Para além dos impactos pedagógicos, a Universidade do Minho vai também mudar “o modo de funcionamento das unidades de serviços da Universidade, dos Serviços de Ação Social e dos serviços das unidades orgânicas, com atividade no campus de Gualtar”. As mudanças serão anunciadas ainda antes desta segunda-feira.
“Até que se encontrem disponíveis soluções de desinfeção para colocação ao lado dos terminais de leitura biométrica para controlo de assiduidade, está suspensa a utilização destes equipamentos. O controlo e validação de assiduidade no período em que estiver suspensa a utilização dos referidos terminais será feita pelo respetivo superior hierárquico direto” esclarece ainda a instituição.
Lusa /Madremedia